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Tardes de Aurora – Parte 1

Publicado em julho 4, 2023 por J. R. King

Eu estava ali, presa àquela árvore, com as minhas mãos amarradas por uma corda grossa, enquanto o vento agitava meu vestido florido, revelando mais do que eu gostaria. Diante de mim, o serviçal desfrutava de um paiero, apreciando a vista do meu corpo imobilizado. Uma sensação de vulnerabilidade e excitação tomava conta de mim.

Ele trouxe uma caixa cheia de instrumentos, selecionando cuidadosamente qual deles usaria. Optou por uma chibata e se aproximou, levantando meu vestido. Sua voz ecoou em meu ouvido: “Você tem sido uma má garota, Juliénne. Por isso será punida.” Cada golpe da chibata marcava minhas nádegas, transformando o branco em um vermelho ardente. Uma, duas, três vezes… a dor se misturava com um prazer que eu não conseguia negar.

A cada chibata, meus punhos se apertavam mais na corda que me prendia. Embora a dor fosse intensa, eu parecia estar gostando, quase amando. Sentia minha pele queimar, e isso só aumentava meu desejo, fazendo-me gemer de prazer. O serviçal parou por um momento, deixando a chibata cair no chão. Ficou imóvel, como se apreciasse meu sofrimento, até que ele desabotoou o cinto e abaixou sua calça, revelando seu membro viril, grosso e cheio de veias sobressaltadas, pronto para me possuir.

Então, abruptamente, acordei em um susto. Meu coração palpitava descontroladamente e eu estava coberta de suor frio. Levou um tempo até que eu percebesse que tudo aquilo era apenas um sonho. Sonhos assim me atormentavam desde a adolescência, mas ultimamente haviam se tornado mais frequentes, invadindo minha mente de forma inescapável.

Ao olhar para o lado, vi meu marido dormindo de costas, roncando, mergulhado em um sono profundo. “Ele jamais faria algo assim comigo”, pensei, frustrada. Voltei a me deitar, deixando as imagens perturbadoras se desvanecerem pouco a pouco.

Thales, o homem com quem decidi me casar, era um renomado cardiologista. Vindo de uma família abastada e conservadora, ele parecia reproduzir os valores que lhe foram transmitidos. Embora ele tivesse me proporcionado uma vida confortável e luxuosa, era na intimidade que sua falha se revelava.

Na cama, era tudo monótono, quase protocolar. Ele não se preocupava em me chupar, ou se eu gozava quando transavamos, limitando-se a descarregar sua tensão em mim e, em seguida, virar-se para o lado e dormir. Thales era um bom marido, mas sua falta de interesse em me satisfazer estava me frustrando cada vez mais.

 

Fui ao shopping com minha amiga Lígia em uma tarde, em busca de uma distração para meus pensamentos inquietantes. Compras costumavam me ajudar a afastar as imagens devassas que povoavam minha mente, mas ultimamente nem isso parecia funcionar. Enquanto voltávamos de carro, pássamos por uma rua em Ipanema, onde algumas mulheres ofereciam seus serviços.

“Que vida triste elas devem ter, se vendendo assim em plena luz do dia”, comentou Lígia, mesclando julgamento e compaixão em suas palavras. “Dizem que hoje em dia existe um site para acompanhantes, onde as prostitutas de luxo estabelecem seus próprios preços. Só as mais baratas ficam nas ruas agora.”

Um site de acompanhantes… A simples menção despertou minha curiosidade. “Um amigo do trabalho me contou sobre isso”, acrescentou Lígia, revelando seu conhecimento sobre os meandros da vida.

Naquela noite, já deitada, peguei o celular e comecei a pesquisar sobre o tal site que despertou minha curiosidade. Me escondi debaixo das cobertas, com medo de que Thales acordasse e descobrisse o que eu estava fazendo. O nome era simples e objetivo: ‘garotas.com’. Conforme descia a tela, uma infinidade de mulheres de diferentes cores, tamanhos, idades e preços se oferecia para proporcionar momentos de prazer. O interesse despertou instantaneamente dentro de mim, assim como um desejo estranho e desconhecido.

No entanto, a ideia de se aventurar nesse mundo parecia estapafúrdia para uma mulher de minha posição social. Trair meu marido jamais passara pela minha mente, mas o fogo que ardia em meu corpo estava se tornando insuportável. Precisava de algo para dar sabor à minha vida, nem que fosse apenas uma escapada passageira.

Na manhã seguinte, a fantasia ainda pulsava em minha mente. Ainda parecia ridículo, uma mulher de alta classe se imaginando como uma meretriz. Mas o pensamento persistia, e eu me peguei considerando a possibilidade de ao menos experimentar algo novo. Encontrar alguém sem envolvimento emocional, e ainda ser recompensada financeiramente. Tirei algumas fotos sensuais em frente ao espelho, com cuidado para não revelar completamente minha identidade. Não mostrei meu rosto e utilizei o nome fictício de Aurora, achando que trazia um ar de mistério e combinava com meus cabelos loiros.

Então, criei minha própria página no site, mergulhando de vez na fantasia. 500 reais por uma hora era o meu valor. Não queria me rebaixar a um preço que me fizesse sentir como uma prostituta barata, mas também não me considerava tão sexy e desejada quanto aquelas que cobravam 2 mil ou mais.

Sentei ali, apreensiva, diante do computador. Bastava um clique para me colocar disponível para encontros. Fiquei parada por muito tempo, ponderando se aquela escolha valeria a pena. Seria um passo além do desconhecido, uma aventura que poderia trazer consequências imprevisíveis, e isso me deixava ainda mais excitada.

Até que, finalmente, cliquei.

Passei a tarde inteira imersa no site, atualizando a página e esperando ansiosamente por algum interesse. Mas, após quase três horas de espera e nenhuma notificação, nenhuma resposta, a frustração começou a tomar conta de mim. “Quem estou tentando enganar? Eu nem sequer sirvo para ser uma puta”, pensei, enquanto fechava o notebook, abandonando essa fantasia insólita.

A noite chegou e, mais uma vez, a mesma rotina se repetiu. Thales se aproximou, buscando alívio. Era sempre a mesma história, ele subia sobre mim, debaixo dos lençóis, e me penetrava por meros cinco minutos, até ejacular. Quando nos conhecemos, eu ainda era virgem, e isso me dava prazer, mesmo que de forma simplória. Mas agora, às vésperas dos 30 anos, eu não sentia mais nada além de repulsa por essa relação vazia.

Quando Thales finalmente se deitou, abri novamente o site, determinada a diminuir meu valor para 50 reais. Já não me importava em me ver como uma puta barata, apenas desejava que alguém me possuísse. No entanto, para minha surpresa, essa decisão não se mostrou necessária. Assim que acessei minha página, deparei-me com uma mensagem de um possível cliente.

“Oi, quando você está disponível?”, ele perguntou. Aquilo reacendeu uma chama dentro de mim, um desejo carnal e escaldante.

“Só posso à tarde”, respondi, ciente de que esse era o único horário que eu tinha disponível, quando Thales estava no plantão do hospital. Não tinha certeza se ele aceitaria, se era comum marcar encontros com garotas de programa durante a tarde. Mas então, lembrei-me das mulheres que vimos na rua, e pensei que talvez não fosse tão incomum assim.

“Pode ser amanhã às 15h, na minha casa?” – ele respondeu, confirmando minhas expectativas.

“Combinado”, enviei a mensagem, sentindo um arrepio percorrer todo o meu corpo. A euforia tomou conta de mim, e tentei controlar meus sentimentos, mesmo que fosse difícil. Minha mente foi preenchida por uma série de fantasias, e eu esperava que pelo menos algumas delas se tornassem realidade.

No meio desses pensamentos fervilhantes, acabei adormecendo sem nem perceber.

O dia seguinte foi completamente dedicado àquele momento. Não conseguia parar de pensar nele, contando os segundos até dar as três da tarde. Experimentei uma infinidade de roupas, sem saber ao certo se deveria adotar um visual mais sensual ou algo mais discreto. No fim, optei por uma mistura dos dois: um vestido dourado com um lindo decote, elegante e simples, mas sem calcinha. Caprichei na maquiagem, como há muito tempo não fazia, esperando que isso aumentasse ainda mais o seu tesão.

Não sabia absolutamente nada sobre meu cliente. Ele não havia me fornecido qualquer informação a respeito de sua aparência. Não fazia ideia se era gordo ou magro, alto ou baixo, bonito ou feio. Essa incerteza, estranhamente, me animava ainda mais.

Finalmente, chegou a hora e eu saí de casa. Seu endereço era em São Conrado, uma rua tranquila, com prédios antigos e espaçosos. A cada passo que dava em direção ao destino, meu coração batia mais forte. O nervosismo começou a me dominar.

Ao chegar ao prédio, cada vez mais perto do que eu ansiava, senti uma mistura de ansiedade e excitação. Subi as escadas até o seu apartamento e toquei a campainha, a última barreira que existia entre nós.

Quando ele abriu a porta, para minha surpresa, não era nada do que eu imaginava. Era um rapaz franzino, jovem, com cabelos desgrenhados caindo sobre o rosto. Seu rosto era pálido e esquelético, com lábios grossos. À primeira vista, não era nada atraente, mas mesmo assim, sorri.

“Você é muito mais bonita pessoalmente”, ele disse enquanto eu entrava e ele fechava a porta logo atrás de mim. Agora, não havia mais retorno. “Meu nome é Marcel”, ele se apresentou.

“Aurora”, respondi timidamente. Apesar de meu desejo ainda estar ardente, o nervosismo tomou conta de mim naquele momento, principalmente pelo fato de minhas expectativas estarem invertidas. Esperava um homem forte e viril, não um rapaz tão emasculado como Marcel.

“Você aceita algo para beber?”, perguntou Marcel. Apesar de todas as surpresas, sua cordialidade me tirou da defensiva. Aceitei um copo d’água, que ele logo trouxe.

“Nossa, você é incrível, essas coxas e essa bunda. Que delícia”, disse Marcel enquanto começava a me apalpar, pegando com firmeza meus glúteos. A naturalidade com que ele me tratava indicava que eu não era nem de longe sua primeira experiência com uma garota de programa. De certa forma, gostei de ser tocada assim, sem avisos nem formalidades. Ele se sentia no direito de me pegar e assim o fez.

“Obrigada”, foi tudo que consegui dizer, incapaz de encontrar as palavras certas para responder.

Marcel perguntou se eu queria começar logo, percebendo a apreensão em minha fala e olhar. Nos dirigimos, então, para o seu quarto, onde ele me fez sentar na cama.

“Você parece nervosa. Algum problema?”, ele perguntou, notando minha ansiedade.

“Eu? Não! Está tudo bem”, fingi estar tranquila e então mudei de assuno. “O que você gostaria de fazer primeiro?”

“Por que você não me chupa?”, seu pedido me atingiu em cheio, fazendo minha espinha tremer. Já fazia tanto tempo desde a última vez que eu tinha chupado outro homem. Thales era tão frio e distante que nem mesmo me pedia isso. Senti medo de que ele notasse minha inexperiência.

Marcel se aproximou em pé, colocando sua virilha próxima ao meu rosto. Engoli em seco e disse: “Tudo bem”, sorrindo e tentando disfarçar meu nervosismo.

Peguei sua bermuda pela alça e a desci até os joelhos. Foi ali que Marcel mostrou seu verdadeiro potencial. Naquele corpo magricelo e desnutrido, ele escondia um dote impressionante. Era quase o dobro do tamanho de Thales, e ainda estava flácido, com uma cabeça lisa e uma veia proeminente percorrendo todo o seu comprimento.

Minha boca salivou de desejo. Ele segurou e guiou aquele mastro até minha boca. Com sutileza, abri os lábios para que ele pudesse entrar, e então ele começou a ditar o ritmo. Segurando minha cabeça, ele movia os quadris para frente e para trás de maneira cadenciada. Tudo o que eu precisava fazer era manter meus lábios abertos para que ele pudesse desfrutar de mim.

“Ah… Isso… Chupa tudo, sua piranha”, ele exclamou. Seus gemidos se transformaram em grunhidos, como os de um animal selvagem. Senti seu pau endurecer em minha boca, ficando tão rígido quanto uma rocha. A pulsação de excitação era intensa. Eu me entreguei cada vez mais ao momento, saboreando a situação. Era um prazer que eu não experimentava há muito tempo, talvez nunca tivesse experimentado como naquele dia, e eu aproveitava cada segundo.

Ele retirou seu membro da minha boca e virou-se para pegar uma camisinha em seu armário. “Tira a roupa”, anunciou.

Me livrei do meu vestido e me deitei em sua cama, entregue ao desejo que ardia dentro de mim. Assim que ele colocou o preservativo, veio por cima, iniciando sua exploração pelo meu corpo. Começou beijando minha barriga com ternura, movendo-se para os meus seios, onde dedicou um tempo precioso, chupando-os com maestria. Cada toque, cada movimento, enviava ondas de prazer através de mim.

Ele continuou a subir, depositando beijos em meu pescoço, provocando arrepios por toda a minha pele. Nossos lábios se encontraram em um beijo intenso e apaixonado, cheio de desejo e fome.

Em seguida, ele me virou abruptamente, deitando-me de bruços em sua cama. Seus dedos passearam por minhas costas, arranhando levemente, provocando arrepios e despertando um desejo ainda maior dentro de mim. Senti seus dedos deslizarem entre meus lábios, explorando minha umidade, anunciando que o momento tão aguardado estava prestes a acontecer. Eu estava pronta, ansiando por sua presença.

“Me fode com força! Vai!”, implorei a ele, e ele prontamente atendeu ao meu pedido. Quando me penetrou, senti meu corpo se esticar, abrindo-se para recebê-lo. Um misto de dor e prazer indescritível percorreu meu ser. Mordi a fronha para abafar meus gemidos, entregando-me completamente àquela experiência avassaladora.

Ele ditava o ritmo, estocando com força e paixão, enquanto eu afundava o rosto no travesseiro, absorvendo cada sensação.

“Sim! Sim! Sim!”, eu gritava, afirmando para mim mesma o quanto eu desejava aquele momento há tanto tempo. Finalmente, estava recebendo o que tanto ansiava: uma entrega verdadeira, uma trepada selvagem e ardente que me preenchia de prazer e realização.

Em seguida, ele puxou meu cabelo com firmeza, fazendo-me levantar. Fiquei de quatro, com os joelhos e cotovelos apoiados no colchão, entregue àquela experiência intensa e prazerosa. Ele me pegou pela cintura, dando suas estocadas com cada vez mais força. Cada investida parecia alcançar o meu âmago, penetrando-me profundamente.

“Me bate! Me xinga! Me chama de vadia!”, pedi novamente, e ele não hesitou em atender. Suas mãos espancavam meus glúteos, exatamente como nos meus sonhos mais secretos. “Sua cachorra! É disso que você gosta, é? Sua vadia!”, ele me xingava, quanti mais degradante eram os xingamentos, mais eu gemia de prazer.

Mais tapas, mais puxões de cabelo, e as estocadas não cessavam. A intensidade só aumentava, levando-me ao limite do prazer. Cada sensação era uma explosão de êxtase, mesclando dor e prazer em uma mistura indescritível. Eu me entregava completamente a ele, permitindo-me explorar os limites da minha luxúria e desejo.

Meu corpo começou a vibrar, minhas pernas fraquejaram e meus braços perderam força. Afundei novamente o rosto no colchão, entregando-me ao mais intenso orgasmo que já havia experimentado. O prazer percorria cada fibra do meu ser, levando-me a um estado de êxtase indescritível. E ainda assim, Marcel não parava, continuava a todo vapor, incansável, fazendo-me gozar varias vezes em sequência.

Naquele momento, eu me tornei uma mulher completa, entregue aos meus desejos mais secretos e selvagens. A cada momento, a cada toque, eu me redescobria e me permitia ser livre, sem amarras ou limitações.

“Quer gozar na minha boquinha?”

“Quero, quero muito.”

Ele disse, tirando o seu pau pulsante de dentro de mim. Deslizei quase sem forças pela cama até o chão, onde me ajoelhei e peguei em seu seu pau. Arranquei a camisinha e comecei a chupar, me deleitando naquele prazer.

Seus gemidos foram ficando mais intensos, senti que era a hora. Punhetei ele um pouco mais, com minha boca aberta e a língua para fora, esperando pela minha recompensa por ter sido uma boa vadia.

E ela veio, em jatos quentes e espessos, que atingiram não só minha boca, mas todo o meu rosto. Aquele leite queimava a minha pele de tão quente, tratei de limpar, saborando cada gota.

“Nossa, você é uma puta e tanto!”

Ele exclamou enquanto se sentava ma cama, ofegante e cansado.

“Obrigada, querido. Foi maravilhoso.”

As palavras saíram com confiança. Depois daquilo tudo o que eu havia vivido, eu me senti maravilhada com aquilo que eu havia me tornado.

Uma puta.

Dois meses haviam se passado desde aquela tarde. Minha vida parecia ter se dividido em duas realidades distintas: durante o dia, eu era Juliénne, a esposa exemplar, dona de casa e recatada. À tarde, eu me transformava em Aurora, a personificação do prazer e da luxúria, entregando-me aos desejos mais profundos e secretos dos meus homens. E à noite, eu voltava a ser Juliénne, uma mulher aparentemente feliz e satisfeita ao lado do meu marido, Thales.

Essa nova vida dupla tinha um sabor agridoce. Durante o dia, eu tentava apagar da minha mente as imagens vívidas das minhas experiências como Aurora, focando nas tarefas cotidianas e no apoio ao meu marido em sua carreira médica. Era como se estivesse vivendo uma farsa, escondendo uma parte essencial de mim mesma, enquanto me esforçava para corresponder às expectativas da sociedade.

Mas, assim que a tarde chegava, uma energia diferente tomava conta de mim. Ao me transformar em Aurora, eu deixava para trás todas as amarras e convenções sociais. A liberdade que eu encontrava naqueles momentos era intoxicante. Cada encontro com um cliente era uma descoberta, uma troca de prazeres intensos que me fazia sentir viva e desejada. Eu me entregava sem reservas, deixando-me levar pelas fantasias mais ardentes, satisfazendo meus desejos mais íntimos.

Os clientes surgiam aos poucos, e cada um deles trazia uma nova experiência para o meu repertório. Não havia um padrão, uma limitação. Homens de todas as formas e personalidades cruzavam meu caminho, buscando em mim o alívio para suas necessidades carnais. Aprendi a apreciar cada um deles, valorizando a diversidade que se escondia por trás de seus desejos. Era como se todos os tipos de homens encontrassem na minha figura a possibilidade de realizar suas fantasias mais secretas.

Eu sabia que essa vida não poderia durar para sempre. Era um segredo que eu guardava comigo, uma parte de mim que permanecia oculta do mundo. Enquanto o dinheiro fluía, eu o guardava cuidadosamente, sem ter real necessidade dele. Não era pelo dinheiro que me entregava a esses encontros, mas sim pelo prazer, pela adrenalina, pelos tapas, arranhões, mordidas, beijos e rolas.

Minhas noites com Thales, embora não fossem tão intensas quanto as minhas tardes como Aurora, haviam se tornado mais suportáveis. O distanciamento entre nós se tornou menos angustiante, pois eu encontrava satisfação em outras experiências. Por vezes, eu me encontrava tão dormente que sequer sentia ele me penetrar. Minha mente e meu coração já estavam ocupados com as aventuras vividas como Aurora.

A mensagem surgiu de repente em minha página, despertando minha curiosidade e surpresa. “Você faz programas com garotas? Queria dar um presente especial para o meu marido.” Pela primeira vez, era uma mulher querendo me contratar. Aquilo me deixou intrigada e despertou uma curiosidade que eu não sabia que existia.

Mesmo nunca tendo sentido atração por outras mulheres, a ideia de explorar essa nova experiência me instigava. Já havia me aventurado em ménages à trois com dois homens, mas estar com outra mulher era algo completamente novo e excitante para mim. Tudo o que era desconhecido nesse mundo despertava meu desejo.

“Mas é claro, querida. Adoro dar prazer para um casal apaixonado!”

Respondi à mensagem prontamente, me colocando disponível para atender às suas necessidades. A mulher respondeu, marcando um encontro em um motel na tarde seguinte. Permiti-me escolher uma roupa mais provocante e vulgar, afinal, não seria um encontro em um apartamento. Vestindo uma saia de couro preta com um top vermelho, deixei meu torso à mostra e calcei saltos altos agulha, sem usar calcinha por baixo. Gostava de caminhar nas ruas e sentir os olhares sobre mim, homens me devorando com os olhos e mulheres me julgando. Era uma sensação intoxicante.

Cheguei ao local combinado, tendo em mãos o número do quarto onde ela estava. Percorri os corredores, fiz uma breve pausa em frente a uma janela para me admirar no reflexo do espelho, retocando minha maquiagem. Passei um batom vermelho, realçando meus lábios, me sentindo completamente produzida para ser um objeto de prazer.

Finalmente, bati à porta do quarto e ouvi uma voz do outro lado dizer: “Seu presente chegou, amor!” Aquelas palavras trouxeram uma onda de excitação, mas quando a porta se abriu, meu mundo desmoronou diante dos meus olhos.

“Juliénne?”

“Lígia!”

Ela estava ali, diante de mim, completamente nua. Minha melhor amiga, Lígia, me olhava com olhos arregalados, tentando compreender a situação. Ao fundo, via-se seu marido, o Dr. Marlon, colega de profissão de Thales no hospital, também nu, segurando seu membro rígido e tentando entender o que estava acontecendo.

Lígia me puxou pela mão, fazendo-me entrar no quarto. A confusão pairava no ar, carregada de tensão e questionamentos. “O que você está fazendo aqui?! Você é a Aurora?!” ela perguntou, exaltada. Em um gesto instintivo, ela cobriu os seios com o braço, visivelmente desconfortável.

“Sim… É complicado…” respondi, procurando as palavras certas para explicar o inexplicável. A realidade da situação era cada vez mais opressora, as consequências começavam a se desenhar diante de mim. Decidi que era hora de abrir o jogo.

“Eu posso explicar, Lígia. Mas acho melhor você se sentar.” Falei com um misto de ansiedade e apreensão. Ela olhou para mim, incrédula, enrolando-se em um lençol para recuperar um pouco de sua compostura.

Assim, contei a eles todos os detalhes da minha aventura como garota de programa, desde as minhas frustrações com Thales até encontrar o prazer nos braços de outros homens. Lígia, no entanto, não aceitou bem minhas explicações.

“Eu não posso acreditar que minha amiga seja uma garota de programa! Como que o seu marido vai se sentir quando descobrir isso?” Lígia indagou, sua voz carregada de choque e decepção.

Aquela situação só piorava à medida que eu pensava nas possíveis consequências. Tomei uma decisão, precisava ser honesta e explicar tudo detalhadamente.

“Eu imploro, por favor, não contem a ele. Thales é um bom marido, eu amo ele, eu juro, só que… não me faz feliz na cama.” Minha voz tremeu um pouco, mas continuei firme em minha explicação.

Lígia me observou atônita, lutando para assimilar o que eu havia acabado de revelar, enquanto se encolhia no lençol. Marlon, seu marido, se aproximou de mim, colocando a mão em meu ombro como um gesto de apoio e tranquilidade.

“Então, quer dizer que minha esposa estava planejando um ménage como presente de aniversário de casamento e, por coincidência, acabou chamando sua melhor amiga.” Ele começou a rir da situação, encontrando certo humor no caos. “Amor, seu presente foi melhor do que eu poderia imaginar.”

Lígia olhou para Marlon, confusa e perplexa, tentando assimilar tudo o que estava acontecendo. Enquanto ela lutava para processar as informações, ele se levantou, demonstrando uma falta de preocupação em estar nu diante de mim.

Marlon era um moreno alto, lindo e atlético, com um físico invejável. Seu abdômen definido, peitoral duro e braços musculosos eram um banquete para os olhos. Seu cabelo raspado estilo militar, lábios carnudos e olhos castanhos escuros completavam seu charme irresistível. Embora eu o tivesse observado antes, nunca havia pensado em nada além disso, já que ele era amigo do meu marido e marido da minha amiga.

“Sabe, sempre invejei o Thales. Você, uma loiraça deslumbrante, com aquele traste… sempre me deixou indignado. Não me entenda mal, amor, você é uma mulher incrível, e eu não trocaria você por nada neste mundo. Mas os homens são diferentes. Nós desejamos outras mulheres, mesmo que estejamos satisfeitos com as nossas.”

Olhei para Marlon, confusa com suas palavras. “O que você está querendo dizer, Marlon?”

“Quero dizer que talvez seja hora de relaxarmos e aproveitarmos o momento. É o nosso aniversário, não é, amor? Então, vamos curtir.” Marlon caminhou até a bancada, onde havia uma garrafa de uísque com algumas pedras de gelo. Ele serviu três copos e nos entregou. “Pode ficar tranquila, Ju. Seu segredo está seguro conosco. Agora, por que não relaxamos um pouco? Vamos beber, talvez isso ajude vocês a se soltarem mais.”

Com seu jeito envolvente, Marlon conseguiu apaziguar a tensão no ambiente e convencer Lígia. Começamos a beber, deixando o álcool soltar as amarras que nos prendiam. Contei-lhes algumas histórias das minhas aventuras, entretendo-os e, ao mesmo tempo, excitando-os.

“Nossa, então seu trabalho tem valido a pena mesmo. Nunca imaginaria que você, toda santinha, acabaria assim”, comentou Lígia.

“Os que têm cara de santinho são os piores. Aprendi isso também”, respondi provocativamente.

“Mal posso esperar para ver”, disse ela, com um sorriso sugestivo.

“Por que não começamos então? O que vocês gostariam de fazer?” Marlon estava deitado, apoiado na parede, com os braços envolvendo Lígia. Ela já estava bêbada e à vontade o suficiente para não se importar mais em se cobrir com os lençóis.

Eles se entreolharam, como se estivessem tendo uma conversa silenciosa através de seus olhares.

“Não sei, o que a profissional sugere?” perguntou Lígia, lançando um olhar desafiador.

Aproximei-me de Marlon, em silêncio, e comecei com um beijo em seu peito. Em seguida, desci beijando seu abdômen musculoso até chegar em sua virilha. Olhei para Lígia, provocando-a discretamente. Agora, eu estava com a boca próxima ao pênis de seu marido, despertando sensações excitantes.

Lambi suavemente, explorando cada parte de forma delicada. Quando cheguei à ponta, envolvi-o em minha boca e fiz movimentos lentos e prazerosos. Ao longo desses meses, aprimorei minhas habilidades neste quesito, e fiz o meu melhor para satisfazê-lo.

Enquanto eu o estimulava, Marlon e Lígia se envolveram em um beijo apaixonado. Continuei minha ação, enfiando todo o seu pau bem fundo na minha garganta, fazendo meu nariz tocar a base. Quase me engasguei, mas valeu a pena. Depois, subi novamente, onde encontrei os dois em seu beijo, que pararam apenas para que eu me juntasse a eles. Beijei Marlon de forma ardente, com direitos a varias mordiscadas em meus lábios, que eu adorava.

Em seguida, foi a vez de beijar Lígia. Meu primeiro beijo com outra mulher foi surpreendentemente natural, doce e suave. Ela tinha lábios finos, mas era hábil com a língua, deixando-me excitada apenas com sua boca.

Guiando a mão de Lígia, a levei até a virilha de seu marido, e nós duas começamos a acariciá-lo. Nossas bocas alternavam entre carícias suaves e beijos apaixonados em seu membro ereto. Às vezes, pausávamos para nos beijar, mas logo retornávamos à ação prazerosa.

Senti que era o momento de prosseguirmos. Coloquei uma camisinha em seu pau e sentei sobre ele. A sensação de ser penetrada foi intensa, uma mistura de prazer e entrega. Rebolei com suavidade, permitindo que ele me preenchesse por completo, explorando cada centímetro da minha boceta. Seus toques em meu corpo me levavam a gemidos de prazer.

Enquanto isso, Lígia observava ao nosso lado, estimulando-se e compartilhando beijos apaixonados comigo.

“Isso! Vai! Fode a sua cadelinha!”

Os gemidos escapavam dos meus lábios, expressando o prazer que sentia. Suas mãos percorriam meu corpo, inicialmente segurando firmemente minha cintura para guiar os movimentos, e depois acariciando meus seios, provocando ainda mais sensações.

Com os estímulos intensos, experimentei um orgasmo que percorreu meu corpo, deixando-me fraca nas pernas. Foi uma sensação revitalizante e prazerosa.

Em seguida, chegou a vez de Lígia desfrutar da intimidade com seu marido. Ela tomou meu lugar e eu me sentei sobre o rosto de Marlon. Enquanto Lígia se entregava aos prazeres com movimentos sinuosos, ele me chupava, lambendo todo o mel que escorria entre as minhas pernas.

O tempo ultrapassou bem mais que os 60 minutos acordados, mas eu não me importei. Estava imersa no prazer, entregue por completo ao momento. Os beijos, carícias e movimentos tornaram-se cada vez mais intensos e prazerosos. Não era apenas uma experiência física, mas também emocional. O proibido havia alcançado níveis inimagináveis naquela tarde. Já não eram apenas escapadas secretas, eu havia envolvido pessoas próximas a mim e ao meu marido. Enquanto vivíamos aquele momento, questionava até quando isso iria durar ou se um dia chegaria ao fim.

Mas, falando em fim, finalizamos com Marlon me possuindo novamente, desta vez com ele por cima de mim, penetrando fundo o seu pau em minha xana, me fazendo delirar. O clímax se aproximava e, no último momento, ele retirou a camisinha e deixou que o gozo se espalhasse sobre o meu corpo. Jatos brancos e espessos que acertaram meus peitos e barriga. Em seguida, Lígia veio e, com sua língua, limpou delicadamente os vestígios. Experimentamos um beijo, com sua boca ainda cheia do leite de seu marido, compartilhando o seu sabor comigo sem pudor.

Quando tudo terminou, eles me levaram de volta para casa, com a promessa de que manteriam segredo em relação a Thales. A excitação, de repente, começou a se transformar em culpa. Eu sabia que o fim estava próximo, a linha entre Juliénne e Aurora havia se rompido. Era apenas uma questão de tempo até que Juliénne matasse Aurora

Ou talvez, Aurora matasse Juliénne.

(Continua…)

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