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O Segredo de Aly

Publicado em março 25, 2022 por J. R. King

Quando Aly entrou na sala pela primeira vez, parecia que só eu a havia notado. Ela parecia um anjo caminhando entre as fileiras de carteiras, com sua pele tão clara quanto o seu cabelo loiro quase platinado. Ainda assim ela se sentou em silêncio no fundo da sala, próximo à janela. E ficou assim durante toda a aula. Parecia que ela não queria ser vista, ser notada. Não era comum novos alunos aparecerem no meio do ano, talvez ela tivesse querendo evitar os holofotes para ela.

Durante o Recreio, notei que ela permaneceu na sala, sozinha, rabiscando algum desenho em seu caderno. Não fui falar com ela no primeiro dia, mas ainda assim não pude deixar de notá-la. No segundo dia, a mesma história, mas dessa vez, resolvi falar com ele. Quando toda a sala havia saído para o recreio, sentei-me na carteira em frente a sua. Ela olhou para mim, um pouco curiosa, seus olhos eram de um verde acizentado, grandes e amendoados.

– Oi, eu sou o Thiago. – Disse, me apresentando a ela.

Ela deu um sorriso de canto de boca e então disse:

– Oi, eu sou a Aly. Bem, é Alyssa na verdade, mas pode me chamar de Aly.

– Deve ser bem ruim, né? Mudar de escola no meio do ano.

– É sim, mas eu já estou acostumada. Ficar mudando de escola toda hora. Ter que fazer novos amigos. Essa parte eu até já desisti.

– Eu posso ser seu amigo. Por que você troca tanto de escola?

 

– Bem… deixa pra lá. Não quero falar muito sobre isso.

Os olhos de Aly se abaixaram, voltando sua atenção novamente ao desenho que ela parecia estar finalizando.

– Você desenha muito bem. – Disse a Aly.

– Obrigada. É de um anime.

– Eu sei, Saga of Tanya The Evil, não é?

– É, isso mesmo. – Aly abriu um leve sorriso ao notar que eu conhecia o anime. – Você já viu?

– Já, tô esperando a segunda temporada até hoje.

Aly deu uma risada e concordou. Assim, Aly e eu ficamos conversando durante todos os 30 minutos do recreio até a volta da aula. Depois voltei para a minha carteira. No final da aula, vi Aly tirando sua bicicleta do bicicletário da escola. Novamente voltei a falar com ela.

– Oi, você mora aonde? Nossa, isso pareceu menos assustador na minha mente, eu juro.

– Haha. Tudo bem. Eu moro perto à Praça Doze.

– Eu também. Posso te acompanhar?

– Pode ué.

– Ótimo, vou pegar minha bicicleta.

Assim, fomos pedalando, cerca de dez minutos pelas ruas do bairro, até perto da praça doze. Aly estava usando um jeans preto skinny, colado em suas pernas magras, um all-star surrado preto, que já estava quase cinza, e um moletom preto folgado em seu corpo. Ainda assim, ela pedalava graciosamente, com seus cabelos voando ao vento. Ela não parecia dar muita atenção para mim, mas também não me ignorava. Pedalei um pouco mais rápido para ficar ao lado dela e falei:

– Eu nunca te vi por aqui, você se mudou há pouco tempo?

– Mais ou menos. Tem só um mês.

– E você veio daonde?

– Da capital. Meu pai… Ele arrumou uma oferta de emprego aqui. E você mora há muito tempo aqui.

– Desde que eu nasci. Literalmente. Minha mãe me deu a luz em casa. Eu posso te mostrar a cidade, se você quiser. Não tem muita coisa pra fazer, mas a gente inventa.

Aly sorriu, naquele momento eu percebi o quão lindo era o seu sorriso. Acho que, agora depois de tudo, talvez tenha sido alí que eu me apaixonei por ela. Pedalamos até a sua casa, que ficava há duas quadras da minha. Ela se despediu e me abraçou, depois, fui pedalando de volta para casa.

Ali, desde então, começamos a nossa amizade. Passei a sentar perto dela, deixando um pouco os meus amigos de lado. Durante o Recreio, ficávamos sozinhos na sala, conversando enquanto ela desenhava. Seus desenhos eram sempre alguma cena de anime, ou quando ela queria prestar atenção na aula, desenhava uma caricatura do professor. A minha favorita era do Professor Hamilton, um velho alto e ranzinza que dava aula de física, e me lembrava o Steve Buscemi. Eu adorava os desenhos dela, assim como eu adorava passar o tempo com ela.

Depois de um tempo, apresentei ela aos meus amigos: Rod, Pardal e Shark. Ela ficou feliz de conhecer novas pessoas, mas mesmo assim parecia que ela preferia ficar sozinha. Pardal, um dia, chegou para mim a sós:

– Aí, cara tu tá pegando a Aly?

– Não, mano, a gente é só amigos.

– Mas tu quer pegar, né?

– Seila poh, pra que tu quer saber?

– Cara, toma cuidado com ela.

– Cuidado com o que?

– Bem, seila. Ela é meio esquisitinha, antisocial, passa o dia inteiro desenhando no caderno. Típico de mulher problemática.

– Cara, isso foi bem errado da sua parte.

– Ah é, então porque você acha que ela muda tanto de escola, hein?

– Ela acabou de se mudar. O pai dela arrumou um emprego na cidade.

– Emprego? Aqui nesse fim de mundo? Tá de sacanagem né? O Rod foi na secretaria outro dia e acabou vendo o histórico dela. A mina tem mais de cinquenta escolas no ensino fundamental e médio! Cinquenta!

– O Rod deve tá exagerando. E daí se a garota muda muito de escola.

– Cara, os pais só tiram as crianças da escola por dois motivos: Ou eles se mudam, ou o filho arruma problema. E eu tenho certeza que os pais delas não se mudaram 50 vezes.

– Cara, tu é sempre paranoico assim?

– Só de vez em quando. Mas ó, depois quando ela tiver arrancado o seu pau com uma tesoura, não diga que eu não te avisei.

– Tá bom, muito obrigado pelo seu conselho.

As palavras do Pardal, apesar de bastante ignorantes, acabaram me fazendo pensar. Aly não parecia ser o tipo de garota tímida, mas por algum motivo ela se isolava. Parecia que não queria que a notassem, se escondia de todos. Ainda assim, ela me tratava muito bem e eu adorava passar o tempo com ela.

Na outra semana, o professor de literatura passou um trabalho de casa para fazermos. Perguntei a Aly se ela gostaria de fazer juntos depois da aula, na minha casa. Ela relutou um pouco, mas depois aceitou. Porém, disse que queria que fosse na dela, que seria melhor pra ela. Aceitei, afinal, não morávamos tão longe assim.

Ia ser a primeira vez que eu ia entrar em sua casa, depois de mais de um mês voltando juntos para casa. Aly parecia um pouco animada, até pedalou mais rápido para chegarmos mais depressa. Chegando lá, não havia ninguém em casa. Aly me levou até o seu quarto e disse para eu esperar um pouco enquanto ela tomava um banho. Me sentei em sua cama e peguei o que achei que era o seu caderno de desenhos. Porém, eu jamais tinha visto aqueles desenhos. Nas primeira folhas, haviam ilustrações bastante coloridas e muito bonitas. Porém, ao passar as páginas, as ilustrações começaram a virar desenhos mais em estilo em anime novamente. Porém, mostravam cenas bem picantes. De personagens se beijando, tirando a roupa e transando. Mas o que mais me chamou a atenção era que ela desenhava bastante personagens dos mais diversos gêneros e sexos que ela desenhava.

– Não! Não olha esse caderno não!

Gritou Aly, correndo para tirá-lo de minha mão, vermelha de vergonha e com o cabelo ainda molhado após o banho.

– Desculpa. – Falei, enquanto ela guardava o caderno em algum lugar escondido do guarda-roupa. – Eles… Eram desenhos bem bonitos. Porque eu nunca vi você desenhando esses?

– Por que é óbvio né? Eu não vou ficar desenhando hentai no meio da aula. Esses eu desenho em casa. – Disse Aly, ainda um pouco nervosa. – V-você gostou mesmo?

– Sim. Você sabe desenhar muito bem a anatomia dos personagens.

Aly deu uma risadinha com o meu comentário.

– Obrigada! Mas não vou deixar você ver de novo. Esses desenhos são meus e só meus. Bom, vamos começar a fazer o trabalho logo, então.

Passamos a tarde inteira fazendo o trabalho, conversando e tendo um bom tempo sozinho. Era tão bom ver ela feliz que me fazia se sentir igual.

– Sabe, vai ter uma festa no sábado, na casa do Pardal, você devia ir. – Perguntei a ela no final da tarde.

O sorriso de Aly se desfez rapidamente, como se lamentasse por algo.

– Eu acho que eu não vou, Thiago.

– Por que não?

– Porque eles não vão me querer por perto.

– Eu quero você por perto. – Falei e ficamos um segundo em silêncio. – Por que você sempre faz isso? Parece que você foge das pessoas, não quer fazer amizades.

– Você não entende, Thi. – Aly suspirou por un segundo. – Olha, Thi, eu já passei por muita coisa que você nem imagina. Eu só estou cansado das pessoas. Há algo em mim que sempre as pessoas descobrem, eu não fico mais em paz. E eu estou tentando ao máximo não fazer com que eles descubram.

– Você pode contar pra mim, Aly, eu não vou contar pra ninguém.

Aly pegou na minha mão, e me deu um sorriso, olhando fundo em meus olhos.

– Eu sei que não, mas ainda não estou pronta pra te contar. Quando chegar a hora, eu irei te dizer.

– Tudo bem. Mas mesmo assim… Eu queria que você fosse a essa festa. Não por ninguém, mas por mim. Vamos ,vai ser legal. – Respondi, segurando em sua mão.

Aly deu uma leve suspirada, e me olhou como se não pudesse recusar o meu convite de qualquer jeito.

– Tá bom, eu vou. Por você.

– Obrigado.

Depois disso, fui embora da casa de Aly, contando os minutos para sábado chegar. Cada dia parecia durar sete, e a expectativa apenas aumentava. Quando o dia finalmente chegou, me arrumei e fui direto até a sua casa, de bicicleta. Toquei a campainha e ela saiu. Ela vestia uma saia roxa com uma camisa azul claro. Nunca havia visto ela usando roupas tão curtas, dava até para ver os seus antebraços e canelas. Ela parecia um pouco nervosa, mas estava graciosa. Veio caminhando em minha direção, com um sorriso desconjuntado no rosto, caminhando de vagar, quase desfilando involuntariamente.

– E aí, como eu tô? – Ela perguntou.

– Está… Está linda. Vai arrasar na festa. – Disse, com a mais pura sinceridade, que fez o seu rosto corar de timidez.

– Ah, para. Vamos logo, não quero chegar atrasada.

Subimos os dois nas nossas bicicletas e pedalamos até a casa do Pardal, que ficava há algumas quadras da nossa. Ao chegar lá, a festa já estava cheia. Era uma casa de dois andares, de muros baixos que mostravam que ela devia ser pré anos 60. Estava chria de adolescentes, alguns já embreagados, ouvindo funk alto. Nos adentramos ao recinto, se espremendo nas pessoas, até que no epicentro da festa encontramos Pardal. Que ao notar minha presença, já veio alegre me abraçar.

– Thiago! Finalmente chegou, e ainda trouxe a vampira com você!

Aly ficou um pouco incomodada com o comentário, mas não disse nada, apenas ajeitou o seu cabelo para trás de sua orelha e cumprimentou Pardal.

– Fiquem a vontade, as bebidas estão no cooler. Só pegar. – Pardal se aproximou mais do meu ouvido, como se fosse me contar um segredo. – E se quiser um pouco da braba pra fazer essa esquisita relaxar, tu sabe aonde eu guardo.

E então, Pardal saiu de nossas vistas. Convidei Aly para tomarmos uma cerveja, e ela aceitou. Fomos até o cooler e nos servimos. Aly deu um gole na bebida e fez uma leve cara de nojo, típico de quem não está acostumado a beber cerveja.

– Nossa, isso aqui é forte, hein. – Comentou Aly

– Forte? Haha, isso é só cerveja. Você não é muito de beber, não é?

– Não, eu não saio muito.

– E de fumar?

– Fumar o quê?

– Ah, você sabe o que…

– Ah, bem… Eu não sei, eu nunca fumei.

– Fumaria comigo?

– B-bem… Eu não sei… Eu acho que…

– Shh, não tome uma decisão se você não tem certeza. Me avise quando você tiver.

Assim, nós ficamos na festa curtindo. Depois de mais uns 3 copos de cerveja, Aly parecia se soltar um pouco mais. Dançávamos juntos e ela parecia claramente feliz, ainda assim ela não saía do meu lado. Eu me sentia como se fosse o seu porto seguro.

Por volta da meia-noite, já estava um pouco bêbado. Aly chegou para mim em meu ouvido, mas falou quase gritando:

– Lembra quando você falou para eu te responder quando eu tivesse certeza? Então, acho que eu tenho agora.

Assim, fomos até o quarto do Pardal. Pardal escondia a maconha dentro de um action figure do Batman que ele tinha na última estante. Peguei um pouco e comecei a enrolar um baseado para a gente. Quando terminei, dei para Aly.

– Faça as honras. – Disse, entregando o baseado e o isqueiro.

– Ok, mas como é que eu faço… Como eu…

– É só puxar, segurar e depois soltar. Fácil como respirar.

– Tá bom. Lá vai.

Aly acendeu, e fez como eu instruí. Puxou, prendeu por um tempo, depois soltou a fumaça e passou direto para mim, que fiz o mesmo.

Ficamos alí por um tempo, fumando juntos e conversando um pouco. Até que senti o clima esquentar entre a gente. Talvez a bebida e a maconha tivessem nos incentivado a fazer aquilo naquela noite, mas esse foi um momento que mudou de vez toda a nossa relação.

Entre risadas chapadas, no silêncio entre uma conversa e outra, eu beijei Aly, que não fez nenhum esforço para recusar os meus lábios. Pelo contrário, assim que a beijei, seus braços se enrolaram em meu pescoço. Ela parecia imersa em um mundo de prazer totalmente à parte, assim como eu. Foi então que aquilo aconteceu.

Comecei a passar minha mão em sua coxa suavemente. Porém, no calor do momento, logo subi rapidamente, direto para dentro de sua calcinha. Porém, naquele momento, Aly gritou, mudando do tesão para o completo desespero.

– Não, aí não!

Mas não deu tempo. Quando coloquei a mão em sua calcinha, senti uma coisa. Algo que jamais achei que sentiria em outra mulher até então. Na hora percebi, que o volume era maior do que eu imaginava. E me assustei. Pulei para trás, o que fez eu bater a cabeça em uma estante, derrubando os livros que lá tinham. A pancada foi tão forte que eu não pude dizer nada para Aly. Somente vi em seus olhos as lagrimas começando a descer, e já com a voz chorosa ela falou.

– Me desculpa.

E então, correu para fora do quarto.

– Aly, espera!

Tentei correr atrás dela, mas ela saiu empurrando todos na festa até o lado de fora, pegou a bicicleta e foi embora. Na hora, não raciocinava direito, talvez divesse ter ido para sua casa. Mas não fui. Em vez disso, fui embora para a minha, pensando sem acreditar no que acontecera naquela noite, e foi assim durante todo o final de semana.

Na segunda-feira, Aly não foi à aula. Devo imaginar o porquê. O dia passou lentamente e cinza, e eu ainda pensava no que acontecera naquela noite. Voltando para casa, passei em frente à sua casa. Parecia tão vazia e morta. Eu pensei em tocar a campainha e ver se ela tava lá, mas não tive coragem. Na terça-feira, novamente ela não foi na aula. A tristeza passou a virar preocupação. Pensei se algo poderia ter acontecido com ela. Eu não ligava dela me guardar esse segredo, sequer ligava de como ela era. Foi isso que eu percebi, e também percebi que tinha que fazer algo. No final da aula, peguei a minha bicicleta e pedalei o mais rápido que pude até à sua casa. Parei em frente ao seu portão, com o coração na mão. Tomei coragem e finalmente toquei a campainha. Aly atendeu a porta. Não estava arrumada, seu cabelo estava bagunçado, usava roupas que pareciam dois tamanhos acima do seu, e sua expressão também era tão abalada quanto eu havia imaginado.

– Oi, Thiago. – Disse ela, em um tom de voz baixo, quase sussurrando.

– Oi, Aly. Eu posso entrar pra conversar?

Aly pensou por um segundo, como se realmente avaliasse a possibilidade de não querer conversar, mas logo aceitou. A gente foi até o seu quarto, mesmo não havendo ninguém, ela parecia se sentir confortável em estar lá. Em um tom sereno e bem lentamente ela falou:

– Me desculpa… Pelo o que aconteceu… Eu devia… Eu devia ter te contado.

– Tá tudo bem. Eu…

Antes que eu pudesse falar algo mais, Aly me cortou:

– Não. Não está nada bem. Eu não aguento mais. Toda vez que as pessoas descobrem elas se afastam de mim. E eu não consigo lidar mais com essa rejeição…

– Aly…

– … E eu fico mudando, de colégio em colégio, esperando que as coisas sejam diferentes, mas nunca são. Às vezes eu queria só voltar a tudo como era antes, mas eu também não me sentia melhor. Não tem pra onde eu correr…

Os olhos de Aly começaram a se encher de lágrimas e sua voz começou a ficar mais chorosa.

– Aly.

– …E pela primeira vez, eu conheci alguém que realmente gostasse de mim, e que eu gostasse também. Eu devia ter te contado antes, mas tive medo que você fugisse. E durante a festa eu não me controlei…

As lagrimas começaram a cair no rosto de Aly.

– Aly.

– …Eu me odeio, odeio quem sou, e odeio tanto o fato de não ser aceita pelas pessoas. É por isso que eu não me aproximo de ninguém. Eu só quero terminar esse inferno de colégio em paz e sozinha e me livrar de todos…

Antes que ela terminasse, eu a interrompi. Não com palavras, mas com uma atitude que devia ter tomado desde quando ela abriu a porta. Peguei em seu rosto, virando ele em minha direção. E a beijei. Por um segundo prendemos o ar, deixando apenas os nossos lábios se tocarem. Quando o beijo terminou, Aly não disse nada, mas suas lágrimas cessaram, ela me olhava espantada, incrédula ao que tinha acontecido.

– Eu… Eu… – Aly tentou falar, mas gaguejou demais para conseguir articular uma frase.

– Eu não ligo pra quem você é. Eu gosto de você e quero ficar com você.

– M-mas você sabe que eu não sou como você estava esperando.

– Bem, talvez não, mas eu não me importo. Eu pensei muito sobre isso esses dias, e percebi que eu quero ficar com você, independente de qualquer coisa.

Aly limpou as lágrimas do rosto, suspirou como se sentisse aliviada.

– O-obrigada. Mas e quanto a seus amigos? E a sua família?

– Bem, eles não precisam saber. Pra falar a verdade, acho que eles nem notariam. Mas se você quiser, eu não tenho problema que você conte.

Aly sorriu, depois de muito tempo, seu sorriso parecia sincero e aqueceu o meu coração. Ela me abraçou bem forte e agradeceu. Depois disso, conversamos mais um pouco, quis saber um pouco mais sobre Aly após descobrir o seu segredo. E ela parecia se sentir a vontade para falar sobre pela primeira vez em muito tempo com alguém.

– Quando você começou a transição? – Perguntei a ela.

– Quando eu tinha 13 anos.

– Não sabia que podia começar tão cedo.

– Minha psicóloga conseguiu uma liminar na justiça. Além disso, a transição é melhor quando se começa mais jovem.

– Eu entendo.

Continuamos a conversar sobre, sentados na cama, nos abrindo um para o outro. Até que finalmente, quando a gente já estava se divertindo novamente, como se nada de ruim tivesse acontecido, eu finalmente toquei em um assunto:

– Você é ativa ou passiva?

Aly deu uma risada, como se não esperasse que eu perguntasse isso a ela.

– Bem, eu não sei, nunca transei. E você?

– Eu também não sei, nunca transei também. – Respondi novamente, com um sorriso no rosto.

Depois de um segundo de silêncio, Aly fez outra pergunta:

– Você quer fazer para saber?

Eu olhei para Aly em seus olhos. Ela parecia um mix de ansiedade com expectativa à minha resposta, e meu coração disparou também ao ouvir a pergunta. Quase titubeei, mas então falei:

– Quero.

Aly então se aproximou de mim, envolvendo seus braços em meu pescoço, quase da mesma forma que na festa, e me beijou. Dessa vez ela me puxou, fazendo eu me deitar sobre ela na cama enquanto nos beijávamos. Logo já fui passando o meu corpo por dentro de seu moletom, sentindo a sua pele macia e alva. Ela não usava sutiã, seus já brotavam, graças as seus quase 4 anos de hormônios, mas ainda eram pequenos e graciosos. Assim que encontrei seu mamilo, apertei gentilmente, o que fez Aly dar um leve gemido.

– Vai com calma, eles são sensíveis. – Disse Aly.

Fui levantando o seu moletom tirando por completo a parte de cima da sua roupa. Parei um pouco de beija-la para apreciar. Era incrível como seu corpo era belo, não deixava a desejar em nenhuma outra mulher. Ela ainda estava tímida, tampava os seus seios com seus braços e seu rosto estava corado. Eu voltei a beija-la, para ela saber que eu ainda achava linda, fui descendo os meus lábios sobre o seu corpo, até os seus mamilos. Quando eu comecei a beija-los, ela gemeu e contorceu o seu corpo. O jeito que ela gemia me levava à loucura, era a primeira vez em minha vida que eu tinha tanta intimidade com outra pessoa. Nossos corações estavam acelerados, já começamos a suar frio imaginando o desfecho dessa nossa história.

Aly me ajudou a tirar a minha camisa e de leve passou a mão em minha virilha, sentindo o meu volume já latejante. Mordendo os lábios, ela pediu que eu tirasse a parte de baixo, mas eu só tirei a calça. Ainda estava um pouco envergonhado para ficar completamente nu.

– A gente vai fazer isso mesmo? – Perguntei, um pouco inseguro.

– Só se você quiser. – Respondeu Aly.

– Eu quero, mas e você?

– Eu também quero.

– Mas então como que a gente… Cê sabe… – Respondi, um pouco nervoso com a situação, na hora, não tinha ideia do que fazer, ainda mais com uma garota tão… Especial, como Aly.

Ela sorriu, como quem já sabe o que deve ser feito.

– Deixa eu ver você nu. – Disse ela, acariciando o meu membro por cima da cueca.

Ela mesmo puxou minha cueca para baixo, o meu pênis, já rígido, se prostou em sua direção. Ela sem alarde o tocou, mexeu de leve com ele, fazendo minha pele dançar pelo membro. Ela olho em meus olhos, esperando uma autorização visual para ela continuar, e eu a dei. Devagar ela foi o inserido na boca, começando a chupar a cabeça, e depois todo o corpo. Sua boca úmida e quente me acalentava e me fazia delirar. Ainda que fôssemos inexperientes, era como se tivéssemos nascidos para transarmos um com outro, pois tudo parecia perfeito e sincronizado. Depois de uns cinco minutos me acariciando com os seus lábios, Aly se deitou de bruços na cama, emoinando sua bunda, me convidando para terminar o que começamos. Eu não tive outra escolha a não ser abaixar a sua calça, revelando para mim por completo a sua nudez. Sua bunda era redonda e durinha, seu anus piscava como se estivesse se preparando para me receber. E o seu pênis se curvava contra o colchão, pressionando entre os lençóis. Eu não acreditava no que estava acontecendo, jamais havia pensando em ir para cama com uma garota trans e agora estou aqui, prester a perder a minha virgindade com uma.

Respirei bem fundo e me debrucei sobre o corpo dela. Quando comecei a pressionar a minha cabeça para entrar, ela falou:

– Espera! Você não vai passar lubrificante não?

– O-oque?

– Nossa, nessa escola não tem educação sexual mesmo, né?

Aly saiu de cima de mim, e em dois passou chegou até a gaveta da comoda, onde entre a suas calcinhas pegou um frasco de lubrificante e jogou em minha direção.

– Toma, passa antes de tentar me comer.

Assim o fiz, passei em meu pau e também em volta do seu cu. E voltei a empurrar. Era apertado, no começo consegui enfiar apenas a cabeça, o que fez Aly gemer de dor. Ela começou a respirar ofegante, eu, preocupado perguntei.

– Tá tudo bem? Quer parar?

– Não, tá tudo bem… Só… Vai com calma.

Fui devagar, empurrando lentamente o meu pau para dentro, até que consegui enfiar só a metade. Depois disso, comecei a tentar me movimentar, e então comecei a sentir um prazer imenso que jamais havia sentido antes, comendo aquele cuzinho apertado, enquanto Aly gemia entre dor e prazer, e me pedia para continuar. Não demorei muito para gozar, como todo virgem. Tampouco consegui me segurar, e acabei gozando dentro dela. Quando retirei meu pau, vi o meu leite escorrendo entre os seus glúteos, lambuzando inclusive o seu pau.

Nos deitamos na cama ofegantes, sem falar nada. Aly se aproximou e me beijou.

– O que achou? – Perguntou Aly.

– Foi ótimo. Desculpa ter gozado tão rápido.

– Tá tudo bem. A gente pode fazer de novo outra hora.

Ela me beijou outra vez e deitou sua cabeça sobre o meu peito. E assim ficamos lá, deitados o final da tarde inteira. Eu acariciando os seus cabelos, olhando para o teto, incrédulo com tudo o que havia acontecido, mas feliz de ter acontecido do jeito que foi.

Essa foi a primeira vez que a gente transou, mas, obviamente, não foi a última. Depois disso, engatamos em um relacionamento, que me permitiu ter as experiências mais transcedentais de minha vida, cheio de novas descobertas. Mas isso é história para outro conto.

Fim.

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1 - Comentário(s)

  • Nyu 25/03/2022 18:37

    Adorei!! Muito bem escrito, a trama muito bem trabalhada e a reviravolta foi perfeita!

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