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Metamorfose – Parte 1

Publicado em maio 2, 2022 por J. R. King

Filipe se lembrava muito bem do dia em que ele questionou o seu gênero pela primeira vez. Tinha apenas 12, estava folheando um álbum de fotos antigos com a sua mãe, quando percebeu que o seu quarto de bebê tinha cores neutras, em tons de amarelo e bege. Questionado por sua mãe, ela disse que seus pais não quiseram saber o sexo do bebê até o nascimento, por isso quiseram montar o seu quarto de um jeito unissex. Além disso, ela também lhe disse que se ele fosse menina, se chamaria Jéssica.

Jéssica.

Jéssica.

Jéssica.

Aquele nome ecoou na mente de Filipe durante semanas. Ele começou a pensar então como seria se ele tivesse nascido garota. Filipe percebeu que a verdade era que ele nunca havia se encaixado direito no gênero masculino. Ele nunca se sentia confortável com suas roupas, se achava feio e nem sabia o porquê. Todos os garotos da sua escola eram brutos, agitados e gostavam de jogar futebol. Filipe achava queimada mais divertido, e era o que as meninas jogavam durante a aula de educação física. Ele reparava bastante nas meninas. Em seus corpos, suas roupas, suas maquiagens. Ele achava que era apenas a puberdade, aquela sensação de despertar sexual, mas era mais que isso. Ele não só sentia atração, ele sentia inveja. Dos seus cabelos, dos seus seios que começavam a crescer, das suas bundas, das suas roupas curtas e apertadas, tudo o que elas tinham lhe fascinava.

Ele ainda não sabia, mas Filipe estava prestes a morrer, e Jéssica nasceria em seu lugar.

Filipe começou a conversar com Mariana na própria educação física. Um dia Mariana arremessou uma bola forte demais, que escapou das mãos de Filipe e foi parar em seu nariz, que caiu para trás tamanho impacto, pintando um risco escarlate de sangue enquanto ia ao chão. Sentindo-se culpada, ela ficou do lado dele durante todo o seu atendimento na enfermaria da escola, e então ali eles tiveram uma conversa pela primeira vez. Mariana achou que ele era gay, no começo, pelo seu jeito gentil, sua voz afinada e seu modo delicado de andar. Mas 2 meses depois eles se beijaram pela primeira vez atrás da escola. O beijo virou uma ficada, que durou mais 2 meses até que ela lhe pediu em namoro.

 

Mariana sabia que era questão de tempo até finalmente acontecer. Também sabia que seria com Filipe. Ela não pensava em nenhuma outra pessoa que não ele para tirar sua virgindade. Imaginava que ele era o garoto mais perfeito do mundo. Sem nenhum defeito, exceto por sua baixa autoestima que ela era incapaz de entender direito.

Os dois gostavam de passar as tardes na casa de Mariana, onde sua mãe não estava, pois trabalhava o dia inteiro. Cada dia que eles iam para lá, ela estava pronta para transar com ele, mas parecia que Filipe não tinha coragem para dar um passo a mais. Ela ficava nervosa, por isso não tinha ela mesma a atitude de consumar o ato. Mas já estava ficando impaciente.

Uma tarde, Filipe, deitado, repousava sua cabeça nas coxas de Mariana, enquanto ela lhe fazia um cafuné. Ele observava o seu rosto contra a luz do sol que iluminava o quarto pela janela ao lado da cama. Para Filipe, Mariana era a mulher mais linda que ele já conhecera. A sua pele parda e seus cabelos castanho escuros, lisos como o de uma índia. Ele gostava de lhe chamar de Pocahontas, graças à sua aparência. Felipe também reparava naqueles traços que achava serem o que definia a feminilidade de Mariana. Sua boca de lábios carnudos e curvilíneos. Seus olhos grandes e amendoados. Seus seios, que pareciam crescer mais do que o normal das garotas da sua idade. Suas coxas grossas, que pareciam ser o triplo do tamanho de suas pernas raquíticas.

— Você tem olhos tão lindos. — Disse Filipe.

— É para te ver melhor, minha netinha. — Disse Mariana, em um tom descontraído. — Seus olhos também são lindos.

— São nada, para com isso. — Filipe sempre se menosprezava quando recebia um elogio por sua aparência, pois ele não sentia que aquela era sua aparência real.

— Estou falando sério, Lipe. Para de se menosprezar. Eu não estaria com você se não te achasse bonito.

Mariana tentava sempre fazê-lo reparar em sua beleza, mas parecia que nada adiantava. Ela pensou em como era mais fácil para as mulheres ficarem mais bonitas. Tudo o que elas precisavam fazer era se maquiar. Homens não se maquiavam, ou eles eram bonitos ou não eram, não havia enganação. Até que ela teve uma ideia. Não sabia se Filipe gostaria, mas como estavam a sós, talvez ele não ligasse.

Mariana esticou o braço até sua mochila, e pegou o estojo de maquiagem que ela deixava no bolso da frente, para retocar a maquiagem caso fosse necessário. Pegou um lápis de olho, mas assim que ela ia começar a passar em Filipe, ele a questionou:

— O que está fazendo? — Ele perguntou.

— Bem, se você não acha os seus olhos bonitos, então eu vou deixá-los bonitos para você.

— Você vai passar maquiagem em mim?

— Não, só um lápis de olho. Não é nada demais, alguns homens usam sabia. Tipo aquele cara lá do 30 Seconds To Mars.

Filipe cedeu. Não era a primeira vez que ele usava maquiagem. Ele já havia usado o batom da sua mãe uma vez quando ele entrou no banheiro para tomar banho e o viu aberto ao lado da pia. Ele passou em seus lábios e se olhou no espelho. Ele queria ter olhado por mais tempo, mas sua mão estava lhe apressando para tomar logo banho para saírem para jantar. Então ele entrou rápido no banho e limpou o batom de seus lábios na água do chuveiro. Mas essa era a primeira vez que ele usaria maquiagem com alguém por perto. Ele estaria mais nervoso se não fosse Mariana. Ele se sentia seguro perto dela.

Quando ela terminou, ele se virou para olhar no espelho, e viu o quão bonito havia ficado. O lápis em volta de seus olhos destaca o negro de sua iris. Mariana também usou o lápis para fazer um pequeno delineado, que fez os seus os seus olhos parecerem maiores e mais esticados, dando destaque também aos seus cílios, que já eram bem grandes para um garoto. Filipe se olhou no espelho e pela primeira vez viu algo em si que achasse bonito.

— O que achou? — perguntou Mariana.

— Ficou… muito bonito.

— A vida dos garotos seria bem mais fácil se eles aceitassem usar maquiagem que nem a gente, não é mesmo.

— É, tem razão. — Filipe olhou para Mariana e sorriu. Um sorriso sincero de quem pela primeira vez teve uma injeção de autoestima. — Que tal você terminar o trabalho e me maquiar todo, hein?

— Hein, como assim? — Disse Mariana, surpresa com o pedido de Filipe.

— Bem, você falou que seria melhor se os homens não ligassem de usar maquiagem. Por que você não testa em mim?

— Tá falando sério, Lipe?

— Tô, o que tem de mais? Estamos a sós, e você é minha namorada. Eu amo ligo.

— Bem, tudo bem, deixa eu pegar meu estojo de novo.

Mariana olhou para o rosto de Filipe e pensou o que poderia fazer. Primeiro ela escolheu passar uma base em seu rosto, para limpar suas imperfeições. Depois, passou um pouco de blush para destacar as maçãs de seu rosto, que ela achava muito atraente. Ela também decidiu voltar aos seus olhos, passando um rímel para destacar seus longos cílios, uma sombra discreta e resolveu ajeitar um pouco o seu delineado, deixando ainda mais chamativo. Por fim, passou um batom nude em seus lábios, apenas para dar a eles uma cor mais vívida, pois achava que Filipe tinha um tom de pele tão pálido que o fazia parecer quase um vampiro.

— Acho que terminei. Pode olhar.

Filipe se sentou e virou lentamente para olhar o espelho de corpo que Mariana tinha na parede oposta à cama. Ele olhou de longe, e mesmo assim já havia ficado surpreso com o resultado. Filipe começou a engatinhar pelo carpete do quarto, chegando o mais próximo possível do espelho. Ele se olhou para o que Mariana parecia ser uma eternidade. Filipe nunca havia se visto tão lindo como ele estava naquele dia. Respirou fundo para que não chorasse, pois não queria borrar a maquiagem que Mariana havia feito com tanto carinho.

— Ficou perfeito. — Disse Filipe, se virando para Mariana e lhe dando um sorriso.

Mariana estranhou a comoção tão grande de Filipe pela maquiagem. Ela sempre soube que ele era diferente dos outros garotos, por isso é que ela se apaixonou por ele. Mas ainda assim isso parecia um tanto estranho para ela.

— Ah, obrigada. Você ficou uma gatinha! Rawr! — Respondeu Mariana, imitando uma gata brincando com ele, fazendo ele dar uma gargalhada sincera. — Que tal a gente terminar a sua montagem, então?

— O que você quer dizer?

— Ué, você já se maquiou, agora é hora de colocar uma roupa.

O coração de Filipe bateu forte ao perceber que Mariana queria lhe fazer vestir suas roupas. Mesmo se ele soubesse que Mariana só teve essa ideia para ter uma desculpa para lhe ver pelado, ele não iria ligar.

Quando ele aceitou. Mariana foi até o seu guarda-roupa. Olhou peça por peça algo que fosse lhe servir. Talvez a parte dos seios ficasse um pouco larga demais, mas eles tinham o mesmo tamanho de cintura. Ela pegou uma mini-saia preta, meias arrastão preta, botas e um cropped vermelho, além de um conjunto vermelho de sutiã e calcinha rendados.

— Sério? Até calcinha? — Disse Filipe nervoso e surpreso.

— Sim. É uma transformação completa, não é mesmo?

Filipe deu um breve suspiro antes de começar a se despir. Mariana não havia visto muito o seu corpo, ele sempre usava camisas longas até mesmo quando estava calor. Agora, ela podia ver não somente o seu rosto, mas seu corpo magricelo, mas um tanto definido. Mariana não tirou os olhos de seu namorado, já Filipe, não se sentia confortável de estar se despindo na sua frente. Ele sabia que uma hora ou outra ia acontecer, mas ele tinha vergonha de seu corpo. E havia ainda mais a se revelar. Quando estava só de cueca, seu rosto corou. Ele olhou para Mariana, que parecia hipnotizada. Ela estava achando o seu corpo bastante sexy, mas queria ver mais.

Filipe respirou fundo e tirou sua cueca de uma vez. O coração de Mariana disparou ao ver o corpo de seu namorado completamente nu, mesmo que por alguns poucos segundos até ele rapidamente vestir a calcinha. Ela tentou olhar todos os detalhes de seu sexo, pois era a primeira vez que via algo assim ao vivo. Seu pênis era fino e de tamanho médio, deveria ter em torno de 10 centímetros quando estava mole. Não era circuncidado nem depilado, mas fez Mariana salivar mais forte sem ela nem mesmo perceber. Filipe colocou rápido o restante da roupa, pois também estava apreensivo para saber como iria ficar. Mariana o viu primeiro e o levou de costas até em frente ao espelho. Depois, o virou bem devagar, até que ele pudesse se ver por inteiro.

Naquele momento, algo mudou em Filipe. Ele se olhou no espelho e não se viu mais. O que ele viu no espelho era Jéssica, como ele sempre havia imaginado que ela seria. Talvez ainda precisasse de um pouco mais de seios e de bunda, mas era ela quem ele viu em sua frente.

— E então? O que achou? — Perguntou Mariana.

Filipe se virou em total estado de alegria. Tão alegre que a única resposta que ele deu para Mariana foi um beijo. Mariana ficou surpresa, mas o beijou de volta. Filipe a beijava como nunca havia lhe beijado antes. Era intenso, mas doce. Excitante e apaixonado. Filipe não conseguiu controlar seus sentimentos e desejos, e quando percebeu já sentia o seu penis se enrijecendo.

Marina o puxou para perto, ela era um pouco mais alta que ele, mas como Filipe usava botas plataforma, ele ficou alguns centímetros mais alto, fazendo ela levantar um pouco a cabeça para beijá-lo. Seus seios tocaram o peitoral de Filipe. Ele sentiu o sutiã roçando em seu peitoral. Ficou um pouco incomodado, mas nada fez para melhorar. Em vez disso, ele apalpou o seio de Mariana, pela primeira vez sentindo aquele lindo, macio e grande seio em suas mãos. Seu toque delicado fez Mariana suspirar, e então ela percebeu que o dia que ela tanto esperava finalmente aconteceria.

Mariana tirou sua roupa, tão animada que a arremessou sua blusa para o outro canto do quarto, junto de seu sutiã. Filipe olhou aqueles seios fartos agora soltos no ar, suas aréolas escuras e mamilos eriçados. Sentiu uma vontade incontrolável de pôr em sua boca. Se abaixou um pouco e começou a chupar o seio direito, enquanto apertava o esquerdo, beliscando de leve o seu mamilo.

A respiração de Mariana começou a ficar pesada, ofegante. Cada vez que ela tentava recuperar o ar ela gemia. Estava mais excitada que nunca. Colocou a mão em sua virilha e conseguia sentir sua boceta encharcando sua calcinha. Ela se ajoelhou no seu carpete rosa. Ia começar a abrir a saia de Filipe, mas ele pegou em seus braços.

— Desculpa, mas se importa de eu continuar usando a roupa enquanto a gente faz isso? — Suplicou Filipe.

Era um pedido estranho, mas Mariana aceitou, pois estava excitada demais para pensar. O pênis já ereto de Filipe marcava na saia, onde Mariana beijou por cima enquanto enfiava a mão por dentro da saia para tirar sua calcinha. Filipe levantou a saia, revelando novamente o seu pau, que agora ereto deveria ter não mais que 15 centímetros. Sua cabeça gotejava pré-gozo. Mariana começou lambendo e beijando sua glande, até lhe chupar. Era a primeira vez que ela fazia isso em um pau de verdade. Antes de Filipe, ela treinava em um consolo que ela encontrou uma vez dentro do guarda-roupa da sua mãe. Ainda assim, ela deu o seu melhor. Filipe continuou a respirar ofegante, passando a sua mão no cabelo de Mariana enquanto ela lhe chupava.

Depois de cinco minutos, Mariana ficou de quatro na cama, empinando a sua bela bunda para Filipe, com suas partes ainda cobertas pela calcinha. Filipe notou que a calcinha de Mariana, que era quase da cor de sua pele, estava úmida. Na verdade, estava encharcada, bem na região de sua boceta. Ele se ajoelhou em frente a cama. E tirou sua calcinha bem devagar, revelando em câmera lenta a molhada boceta de Mariana para ele. Ela era linda, um pouco escura, carnuda, mas bem fechada. Diferente de Filipe ela estava toda depilada. Ela se raspava quase todos os dias na esperança que esse dia chegasse, como finalmente chegou. Filipe não acreditava como poderia existir uma boceta tão linda assim. Por um segundo, quase como um flash, ele imaginou a boceta de Mariana em seu corpo, mas foi um pensamento estranho e logo ele o esqueceu.

Filipe se aproximou, colando suas mãos na bunda de Mariana para apalpá-la e abri-la, para que ele pudesse apreciar ainda mais sua boceta antes dele começar a lhe chupar.

Filipe passou sua língua entre os lábios uma, duas, três vezes. Depois beijou, misturando sua saliva ao mel que Mariana exalava de seu corpo. O seu sabor era doce com um final azedo que lhe fazia querer sentir ainda mais o seu líquido. Mas Mariana estava impaciente. Depois de tanto tempo, ela só queria que Filipe consumasse logo esse ato. Queria que ele lhe enfiasse sua rola e que ela não fosse mais virgem.

— Anda, me come logo! — Ela suplicou, enquanto entregava para Filipe uma camisinha que ela guardava em sua mochila.

Filipe parou de lhe chupar e pegou a camisinha. Tirando as aulas de educação sexual, nunca havia visto uma dessa. Demorou para se encontrar naquele estranho objeto, mas logo ele já estava pronto para lhe comer.

O nervosismo fazia Filipe querer cuspir o seu próprio estômago. Ele foi enfiando devagar. Sentiu a apertada boceta de Mariana se pressionar contra o seu pau. Mariana sentiu dor, deu um gemido de dor quando Filipe já havia enfiado toda a cabeça.

— Você tá bem? Quer que eu pare? — Perguntou Filipe após ouvir Mariana sentindo dor.

Mariana respirava profundamente, inspirando e exalando, tentando recuperar o ar. Ela não podia dar para trás agora, era o que ela mais queria em sua vida até então.

— Eu tô bem, pode continuar.

Filipe então foi enfiando mais. Mariana, foi se acostumando com a dor, como se sua boceta começasse a ficar dormente. Quando Filipe enfiou tudo lá dentro, ele se virou e olhou no espelho novamente. Ficou confuso, pois ele via Jéssica, mas estava transando com Mariana. Meninas não transam assim, pelo menos ele achava. Ele via Jéssica, mas ainda era Filipe. Mas isso não importava agora.

Ele deu cinco bombadas, que fizeram Mariana sentir novamente dor a cada socada que sentia o pau de Filipe dar dentro do seu corpo. Ela sabia que doía na primeira vez, mas não sabia que doía tanto assim, ainda mais por ela achar o tamanho de Filipe não tão grande assim. Ela pensou, por um segundo, o quão doloroso deveria ser se ela tentasse transar com alguém mais bem dotado.

Depois das 5 bombadas, Filipe parou imediatamente, pois sentiu que gozaria. Recuperou o fôlego, pois não queria terminar assim tão rapidamente. Depois, ele deu mais 3 bombadas, e mesmo que ele tivesse tentado parar no meio do caminho, já era tarde demais. Sentiu suas pernas ficarem bambas e seu corpo ficar dormente. Tudo ficou turvo por um segundo e o seu pau pulsou ao expelir o seu gozo dentro da camisinha. Ele deu um gemido alto quando gozou, mas sua voz saiu fina.

Quando Mariana percebeu, já tinha acabado. Filipe se sentou do lado da cama, tirando a camisinha gozada de seu pênis. Mariana se deitou, os dois respiravam ofegantes em sintonia. Filipe seu um beijo no rosto de Mariana, como um gesto carinhoso de lhe agradecer pelo o que havia acontecido. Ela olhou para baixo e viu sua boceta escorrer um pouco de sangue pelo seu hímen rompido, e sua primeira reação foi correr para o banheiro para tomar um breve banho e se limpar.

Depois que Filipe tirou a camisinha, ele decidiu colocar a calcinha que Mariana havia lhe dado de volta, mesmo que sujasse um pouco com algumas gotas de gozo que ainda gotejavam de seu pau, ele não achou que ela iria ligar.

Ele se olhou novamente no espelho. Reparou em suas pernas e em seu cabelo. Pensava em deixar crescer um pouco, pelo menos até os ombros. Enquanto Mariana ainda tomava banho no banheiro, Filipe falou baixinho, apenas para que ele pudesse ouvir.

— Prazer, eu sou a Jéssica. — Disse enquanto gesticulava ao vento entregando a sua mão para ser beijada por um cavalheiro.

— Prazer, eu sou a Jéssica. — Ele repetiu mais alto, tentando afinar sua voz o máximo que podia.

Dessa vez saiu tão bem quanto ele pensou, o que fez ele começar a rir que nem um bobo sozinho. Quando Mariana voltou do banho, ainda nua. Ele quis transar com ela uma outra vez. Ela também queria, mas já estava tarde. Sua mãe podia estar voltando. Então, ela só o ajudou a tirar a maquiagem e sua roupa. Mesmo que ele tivesse voltado às suas desconfortáveis roupas de garoto, ele estava mais apaixonado que nunca por Mariana. Eles deram um beijo delicioso antes de se despedirem.

Filipe caminhou saltitante pela rua. Em sua cabeça, ele se sentia como Gene Kelly em Cantando Na Chuva, mas não havia uma nuvem no céu que pudesse fazer cair uma tempestade, para ele fazer uma performance mais fiel.

Quando chegou em casa Filipe não quis jantar. Em vez disso, só ficou na sua cama, no escuro olhando para o teto, pensando em como aquele dia havia sido especial. Era talvez o dia mais feliz de sua vida, não conseguia esconder isso. Seu rosto já estava doendo de tanto ficar rindo. Mas também, ele não pensava na Jéssica. Aquele dia despertou a Jéssica que estava hibernada dentro de Filipe. Era um caminho sem volta na curta vida de Filipe que ele nem sabia que estava no fim.

(Continua…)

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