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Macumba e prazer

Publicado em março 9, 2022 por sinistro

Com apenas três meses de casada, Carolina estava sentindo-se frustrada .Pois todo o encanto que imaginara estava sendo muito diferente ,a inexperiência deles era sentida, criados por famílias rígidas dentro de princípios religiosos, tinham pouca noção de um relacionamento a dois e sem orientação , em tão pouco tempo a decepção já estava presente no lar do jovem casal .

Gerson era claramente introvertido, com gestos simples sem iniciativas, praticamente uma criança inocente com seus vinte e dois anos, crescera puro e ingênuo imaturo em todos os sentidos ,Carolina era uma meiga menina de dezoito anos, que apesar de inocente  pura, fora criada com severidade, frequentadora assídua da igreja, tinha um olhar cheio de malicia e curiosidade, como se fosse um vulcão adormecido.

E neste novo modo de vida ela percebia que faltava algo. Principalmente nas relações sexuais do casal, por mais carinhoso que seu marido fosse , sentia um profundo vazio dentro de si, como se estivesse faltando algo, que a preenchesse  desejando muito mais que aquilo que recebia.

Sem ter com quem dialogar a respeito, ingênua inocentemente ela as escondidas, procurou ajuda onde ninguém poderia imaginar, o terreiro de macumba do velho pai Damiao ,um esperto pai de santo conhecedor profundo das mandingas profanas, ela foi furtivamente aquele lugar, numa tarde em que fora as compras para fazer uma consulta com o velho macumbeiro.

O velho a atendeu numa sessão particular, onde percebeu ter ali uma pessoa cheia de medos e curiosidades, sagaz  com a experiência que tinha ,enxergou, ali alguém que poderia ser facilmente manipulada,  se fosse muito bem trabalhada, poderia satisfazer suas taras, e seria um desafio fazer dela uma oferenda as suas entidades das magias negras, foi assim a envolvendo, falou coisas que ela precisava ouvir o que a deixou encantada, a partir daquele dia, com frequência, ela frequentava o local se interessando cada vez mais pelos conselhos e rezas do velho pai Damião, um astuto manipulador que aos poucos induzia ela .

O destino as vezes guia as vidas das pessoas, lhes pregando peças, uma proposta de trabalho sedutora, levou Gerson a trabalhar no período noturno. E assim Carolina furtivamente passou a frequentar o terreiro a noite, onde as sessões eram mais fortes segundo pai Damião, o que ajudaria  melhorar muito mais ela  .

Assim compreender muitas coisas, que aos poucos estavam entrando em sua cabeça pois ela estava se sentindo cada vez melhor.

Como a primeira vez que ela assistiu uma sessão da meia noite, onde a coisa era muito mais forte , as danças as bebidas os charutos, os incensos. A envolveram e ela entrou pela primeira vez em transe, quando foi colocada na gira, algo  fluiu dentro dela sem que ela nem mesmo notara o que aconteceu, naquela noite dançou e rebolou como nunca imaginara em sua vida, o som das atabaques, daqueles cânticos ritualísticos, faziam ela se sentir outra pessoa, totalmente envolvida por aquele frenesi, foi que sentiu o corpanzil do velho Damião se esfregando nela por traz, mãos apalpando  seu corpo, levou um susto, sem entender o que ocorria, mas envolvida pelo momento algo inexplicável aconteceu,  Carolina puramente por extinto, elevou as ancas quando sentiu o contato de um pênis  pela primeira vez roçar a sua bunda, aquele volume roçar encaixado no seu rego, fora uma sensação indescritível , arrepios percorriam todo seus poros, sua buceta babava, um misto de desejos e luxurias a invadiu completamente, algo mudara dentro dela a deixando tremendamente excitada.

 

Mas os tambores sessaram encerrando a sessão, fazendo ela sair daquele transe, sentindo ainda no corpo uma estranha sensação  incompreendida   por ela, pelos comichões que sentia por todo o corpo.

A madrugada ia alta quando voltou para casa, sentia o cheiro do suor dos corpos, que transpiraram a sua volta, estava excitada, desejos pecaminosos fluíam por todo seu corpo.

Tomou um relaxante banho a umidade da sua vulva ensopara sua calcinha .levou as mãos na buceta sentiu seu clítoris entumecido, .apertou ele entre seus dedos sentiu que sua vulva escorria mais líquidos, um rubor quente percorrer seu corpo entrou numa letargia profunda, adormeceu eram quatro horas da madrugada .

Na segunda feira ela voltou ao terreiro , e foi chamada por pai Damião, que indagou se ela sentira que fora incorporada, o que  achara  da sessão , meio que envergonhada ela descreveu as coisa que lembrava superficialmente , mas por ter entrado em transe, nem sabia explicar, o que ocorrera direito, mas com certeza fora vibrações muito boas .

O velho com muita paciência, explicou que ela tinha incorporado, uma pomba gira,  que ele colocara nela, para ser realmente feliz tinha que aceitar , esta entidade, assim ela iria  realizar todos seus sonhos e desejos.

Carolina ficou extasiada, com as palavras dele, beijando suas mãos ,implorou para que a ajudasse, ele então disse se era realmente o que ela queria, pois isto era algo sem volta, Carol insana proferia que isto era o que desejava e sonhara  realmente para sua vida. Então ele marcou para a próxima sexta feira, sua iniciação a orientando como seria todos os procedimentos que ela teria que fazer.

Naquela sexta feira ela foi ao terreiro onde foi preparada com  banhos de ervas perfumadas por todo seu corpo, uma pesada e forte maquiagem ,vestindo uma calcinha vermelha ,sobre uma camisola transparente uma túnica preta sobre o corpo, ela seguiu numa carroça conduzia por quatro cavalos, tendo pai Damião os levando pelas rédeas, o destino o cemitério local.

O rangido do velho portão de ferro aberto dando passagem para o condutor entrar com sua carroça até um local onde já estavam colocadas todas as oferendas já preparadas . Carolina tinha noção de tudo o que ocorria, mas seu corpo parecia que não lhe pertencia mais sua buceta espumava aos poucos ela ia  entrando em transe.

Quando ela desceu e se dirigiu ao centro das entregas , um trovão riscou o céu, a lua se escondeu atrás das nuvens, deixando a noite mais negra , uma chuva inesperada começou a cair, quando ela vislumbrou um vulto que se aproximava, estrangulando uma galinha preta, sentiu em suas vestes, a chuva que molhava seu corpo, ensandecida ela rasgava aquela ave ainda viva, o sangue escorria por entre seus lábios , mãos percorriam seu corpo, afagando ele todo, e quando tocavam seus seios torcendo os pontudos bicos, ela gargalhava num frenesi sem igual .

Foi carregada como um troféu, até aquele tumulo negro todo em mármore, foi deitada de pernas abertas, vislumbrou os sete discípulos de pai Damião, todos incorporados por exus, que a possuíam de todas as formas, por sobre seu corpo na visão dela, eles se transformavam ora eram meio homens meio bodes, Carolina sentiu-se a mercê de centauros, ,as vezes vultos negros com cassetes incomuns a mostra, ela gozava como nunca antes gozara em sua vida, implorando para que a possuíssem de todas as formas, seus gemidos eram alucinados Carol delirava num tesão jamais sentido, insana possessa sentia-se completamente preenchida totalmente alagada .

Correspondia a cada estocada dentro dela rebolando os quadris elevando o pélvis . A chuva caia sobre seu corpo como se estivesse lavando sua alma. Aquilo era algo novo em sua vida, mas era algo tão prazeroso que ela delirava, agora sim ela sabia o que era o prazer de ser penetrada em suas entranhas, pela primeira vez na vida Carol gritou impropérios tais como.

ME FODE, COME MINHA BUCETA , AI AI AI QUERO PAU QUERO ROLA PICA ME DA PICA METE METE, METEEEEE SOCA, SOCA .

A madrugada ia alta a chuva cessara tal como por encanto, aos poucos a lua timidamente voltava, a despontar no céu, Carol cansada extenuada pareceu voltar a si do transe que vivera, abriu os olhos saindo daquele transe , somente então percebeu, que tinha entre os lábios o cassete do velho pai Damião, e sem nenhum pudor , mamava, como uma bezerra faminta.

Aquela madrugada de sexta feira, modificou a vida dela, pois  naquele ritual ,induzida por pai Damião, Carolina entregou seu corpo em forma de oferenda para a entidade ,e a partir daquele momento .sua mente seus desejos e suas vontades pertenciam aquela pomba gira que era dona do seu corpo. Que iria manipular todas suas vontades para deleite de pai Damião .

Um fogo abrasador corria por suas veias ,um desejo insano de copular incendiava seu corpo, e por onde passava Carol emanava o cheiro do sexo ,como uma cadela no cio ela atraia o desejo de todos os machos.

Assim a tímida recatada e religiosa esposa, recém casada desenvolveu um apetite insaciável pelo prazer sexual, se tornando uma ardilosa mulher, capaz de enganar trair e manipular , como nenhuma outra, ludibriando Gerson e ainda o deixando cada vez mais apaixonado.

Carolina modificou seu jeito de se vestir, seus trajes estavam mais ousados ,sensuais provocativos , mesmo seu modo de caminhar estava sinuoso chamativo, despertando olhares desejosos por onde passava.

As quartas e sextas ela ia ao terreiro onde em sessões ocultas, somente os mais preparados, ou convidados especiais, participavam após a meia noite, onde ela incorporada entrava em transe, e veladamente muito se comentava das orgias que aconteciam naquelas madrugadas.

Sete homens vestidos de negro ao som dos atabaques dançam e entoam cânticos numa linguagem desconhecida, somente as luzes de vinte e uma velas iluminam o local , o velho pai Damião tendo sobre sua cabeça uma caveira de bode , com um cajado nas mãos , da um grito estridente os tambores emudecem .
Então ele bate no assoalho com o cajado por três vezes invocando suas entidades, ouve-se um gargalhar ao fundo e Carolina entra rebolando, com uma saia rodada aberta nos lados , seus seios estão a mostra os tambores ecoam novamente e num ritual mágico ela dança envolvida pelos sete homens vestidos de negro que sobre o olhar em transe do velho Damião roçam e se esfregam nela numa dança ritualística .onde ela serpenteia o corpo e gargalha alucinada histericamente.

Seus brilhantes olhos se cruzarem com o olhar de pai Damião, ela caminha até ele ,formasse uma roda em volta deles .um deles solta sua saia que cai ao pés dela revelando todo seu corpo nu branco alvo como a neve não há um pelo sequer nele , ela se ajoelha, o cassete do velho  em riste ela abocanha fecha os olhos e começa a mamar gulosamente ,ela contorce os braços que estão esticados o cheiro de incenso impregna o ar ele mete na boca dela com intensidade socando fundo e em volta sete machos cantam e se encantam dançando e acariciando o corpo em transe de Carol.

Já montando um estrado como um altar revestido da cor vermelha, onde com certeza Carol vai se deixar montar por todos que participam da sessão.
Ao som dos atabaques, Carol foi suspensa por vigorosos braços numa dança frenética .sete homens sustentavam sobre suas cabeças com os braços erguidos, trazendo ela como um troféu, totalmente nua , depois foi colocada sobre aquele altar , onde ela ficou se contorcendo como estivesse tendo um ataque epilético. Seu corpo tremia ,seus olhos estavam semicerrados, totalmente em transe, ela gargalhava e gemia chorosa ao mesmo tempo ,quando sentiu que um dos homens estava montando por sobre ela, abriu as pernas . num v invertido ficou rebolando com o pélvis elevado deixando seus fluidos escorrerem de sua vulva totalmente encharcada, gemeu com ênfase sentindo a penetração, urrando frenética com as estocadas que faziam ela delirar em orgasmos intensos.
Num prazer alucinado onde seus gozos contínuos deixavam ela extasiada, por três horas os sete machos incorporados por exus desfrutaram do corpo de Carol , que incorporada pela sua pomba gira ,sentiu os mais intensos prazeres carnais.
Numa estranha mas prazerosa perversão . Numa busca insana por um prazer cada vez mais doentio a que ela estava se submetendo.
A madrugada ia alta quando ela voltou para seu lar, sentindo ainda que seu corpo clamava por mais, entrou debaixo do chuveiro sentindo a água morna sobre seu corpo , sua buceta ainda escorria resquícios de porra, introduziu a mangueirinha sentindo uma gostosa sensação. Carol aos poucos estava se transformando , sentia um impulso compulsivo por sexo sabia que simplesmente aquelas sessões nas quartas e  sextas feiras não a satisfaziam mais,  louca de tesão ficou a espera de Gerson seu marido pois ansiava pra ser possuída por ele ainda.

Após seis meses a vida daquele casal dera uma guinada ,que os levou por caminhos nunca imaginados, nunca se soube se Gerson sabia e fazia vistas grossas ou se fora sempre enganado .

Com o domínio de seu corpo e de sua mente pela aquela entidade Carol passou a ter um poder de sedução que encantava e enfeitiçava homens e mulheres ao seu redor, Gerson completamente dominado entregue aos desejos e vontades dela aceitava tudo sendo manipulado por ela que já o transformara num corno manso.
Nutrindo uma paixão cada vez mais avassaladora por ela. Que insaciável percorria nas madrugadas ruas e becos em busca de machos para saciar aquele fogo que a consumia que nunca se apagava, se oferecendo . numa ânsia constante e desenfreada pelo prazer, aquela já não era mais Carol pois dentro dela vivia uma entidade sobre humana, em todos os antros nos botecos de quinta categoria, nas ruas mal afamadas ,muito se comentava sobre uma misteriosa mulher, que percorria aqueles antros em busca de prazeres carnais .

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1 - Comentário(s)

  • Nega 12/11/2022 23:17

    Boa noite! Sua escrita e vocabulário são muito bons , texto interessante onde o título me chamou atenção. Sou nova na leitura de contos e achei muito interessante alguns relatos descritos nesse site . Mas voltando a sua narrativa, provavelmente vc não é conhecedor das relações de matriz africana então deixo Aki minha dica de praticante de umbanda... Em todas as religiões existem os fanáticos e o fato relatado envolvendo as entidades em questão ficaram um tanto quanto ofensivo. No mais torno a repetir ... Sua escrita é muito boa e tenho certeza de q vc não precisa utilizar de coisas tão enganosas para quem sabe até mesmo publicar um livro. Desde já agradeço a atenção.

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