website page counter
Bem Vindo, visitante! [ Entrar | Cadastro ]
Contos adultos » Contos de putaria » A paciente putinha

A paciente putinha

Publicado em maio 7, 2025 por Raiane
5
(6)

As sessões com Dr. Rafael Lemos eram sempre rígidas e profissionais. Ele se orgulhava de sua habilidade em manter a linha entre terapeuta e paciente bem definida, nunca deixando que suas emoções interferissem no tratamento. Mas havia algo em Lúcia que mexia com ele, algo que ele não conseguia ignorar.

Ela chegava para as consultas sempre com um sorriso tímido, mas seus olhos, vivos e curiosos, sempre pareciam analisar mais do que ele queria mostrar. A jovem, com sua energia vibrante e olhar direto, fazia com que ele se sentisse desconfortável de uma maneira que nunca tinha experimentado com outras pacientes.

Nas últimas sessões, Lúcia começou a agir de maneira diferente.

Ela falava com ele de forma mais suave, mais confiante, com um tom que sugeria uma intimidade que não existia entre um terapeuta e sua paciente. Ele, com sua experiência e autocontrole, tentava se manter impassível, mas dentro de sua mente, os pensamentos começavam a se misturar.

Na última consulta, Lúcia vestiu uma blusa de seda que, ao se mover, quase deslizava por sua pele, deixando à mostra mais do que deveria. Ele notou, claro. Notou cada movimento dela, como ela ajustava o cabelo, o olhar que se demorava mais no dele. Cada gesto parecia calculado, e isso o incomodava.

“Dr. Rafael,” ela começou, com aquele tom suave, quase uma provocação disfarçada de pergunta, “você já notou como o tempo passa rápido quando estamos juntos? Às vezes, eu sinto que posso te contar tudo, que posso me abrir de verdade.” Ela falava de um jeito que fazia com que ele sentisse que ela estava compartilhando um segredo, uma verdade íntima, quando na verdade, estava apenas brincando com ele.

Ele sentiu o desconforto subir pela sua espinha. Deveria afastá-la? Manter a distância?

Mas Lúcia não parecia disposta a deixar isso acontecer. Ela se inclinou ligeiramente para frente, seu perfume doce e envolvente invadindo seus sentidos. Os olhos dela brilharam com algo mais do que simples curiosidade, algo mais profundo, mais carnal. “Você acha que me entende, Dr. Rafael? Eu sou uma boa menina, mas… às vezes, sinto que preciso de mais. Algo novo… algo que você talvez possa me dar.”

Ele engoliu em seco. Essas palavras… essa proximidade… Ela estava seduzindo-o de uma forma tão meiga, tão quase inocente, que era difícil resistir. Mas ele sabia que estava em território proibido, que qualquer passo errado poderia arruinar tudo. Mas… ela é uma mulher adulta agora… Pensou, sentindo a luta interna.

“Eu… Lúcia,” ele tentou manter a voz firme, mas havia uma hesitação no tom. “Nós estamos aqui para falar sobre seus sentimentos, suas questões emocionais. Isso é o que importa. Não podemos… confundir as coisas.”

Lúcia apenas sorriu, um sorriso travesso, como se soubesse exatamente o que ele estava sentindo. Ela não respondeu, mas o olhar dela falava por ela. “Eu entendo, Dr. Rafael. Eu sei exatamente o que você está dizendo. Mas, às vezes, precisamos mais do que palavras, não é? Precisamos de… algo real.” E, com isso, ela se levantou devagar, sua aproximação quase sem querer, mas com o suficiente para ele perceber cada movimento.

O espaço entre eles estava desaparecendo, e ele não sabia por quanto tempo conseguiria manter o controle.

A sessão seguinte aconteceu numa tarde quente, quando o calor parecia escorrer pelas paredes do consultório. Dr. Rafael estava mais alerta do que nunca, ciente da situação instável que ele e Lúcia estavam criando. Ela, por sua vez, parecia mais tranquila, mas algo em sua postura indicava que estava prestes a dar mais um passo na linha tênue que separava a terapeuta da paciente.

Enquanto ele preparava o ambiente para a consulta, Lúcia entrou com um sorriso, mais confiante, mais solta. Ela usava uma blusa justa que deixava os ombros descobertos, e os jeans, levemente apertados, delineavam suas curvas de forma sutil, mas suficiente para que ele percebesse. Ela estava ainda mais bonita do que da última vez. Mais madura, talvez. Ou pelo menos, parecia acreditar que estava.

Durante a conversa, Lúcia começou a falar sobre suas inseguranças e seus sentimentos de carência, como sempre fazia. Mas havia algo de diferente na forma como ela falava. As palavras eram as mesmas, mas o tom estava mais insinuante, como se ela estivesse se abrindo de uma forma que ele não era capaz de entender completamente.

Foi quando ela tirou o celular da bolsa, alegando que queria mostrar-lhe algo. Ela deslizou o dedo pela tela e, sem querer, deixou o aparelho cair da mão, fazendo com que a tela ficasse virada para ele por um segundo. Por um instante, Rafael conseguiu ver uma foto em que Lúcia estava com um olhar intenso, ela mesma em uma pose provocante, com pouca roupa, o corpo em uma posição que apenas a insinuava. A foto foi um deslize, um erro, ou será que ela havia feito de propósito?

A reação de Rafael foi imediata: o coração disparou, e ele rapidamente desviou o olhar, tentando se manter impassível. Ele sabia que aquilo não era algo que deveria estar vendo. Mas a imagem já estava gravada em sua mente. O fato de ela ter feito aquilo, mesmo sem intenção, mexeu com sua compostura, e ele não conseguia se livrar da sensação de que ela estava jogando com ele.

“Desculpe,” Lúcia disse rapidamente, tentando recuperar o celular. “Foi sem querer.”

Ele acenou com a cabeça, tentando disfarçar o que sentia, mas a tensão no ar agora estava palpável. Lúcia, no entanto, parecia ainda mais relaxada, talvez se divertindo com a reação dele.

“Eu realmente espero que você não esteja chateado comigo, Dr. Rafael,” ela disse com um sorriso que mais parecia uma provocação. “Eu só queria compartilhar uma parte de mim, algo que às vezes me ajuda a me sentir… mais confiante.”

A forma como ela falou… aquele “ajuda a me sentir mais confiante” estava carregado de duplo sentido. Ele queria dizer algo, algo que a afastasse, mas as palavras não saíam. O corpo dele estava completamente tenso, e Lúcia percebeu. Ela não precisava de mais do que isso para entender que ele estava mais vulnerável do que ele gostaria de admitir.

No próximo encontro, Dr. Rafael recebeu uma notificação do WhatsApp durante a sessão. Era uma mensagem de voz. Ele hesitou, mas antes que pudesse ignorar, Lúcia, como se tivesse lido seus pensamentos, sorriu e disse: “Você pode ouvir, Dr. Rafael. Não tem problema.”

Ela estava calma demais. Ele hesitou por um momento, mas ao olhar para o celular, notou que a mensagem era de Lúcia. Ele apertou o play, e a voz dela soou, suave, quase como um suspiro.

“Eu sei que você está tentando se controlar, Dr. Rafael… Eu sinto a sua resistência. Mas, me diga, você não sente uma atração por mim? Não sente a vontade de me ver de perto? Eu estou esperando, esperando o momento certo… para mostrar o que posso fazer para você.”

A voz dela era doce e suave, mas carregada de desejo. Rafael sentiu o calor subir à sua face. Ele ficou em silêncio por alguns segundos, o celular em sua mão. A mensagem estava clara, e o jogo estava ficando cada vez mais perigoso.

Lúcia, então, riu baixinho. “Você não precisa responder. Eu só queria que soubesse que estou esperando.”
As sessões seguintes se tornaram um jogo de xadrez — silencioso, lento, mas com cada movimento cuidadosamente calculado. Rafael tentava manter o foco profissional, mas a imagem de Lúcia naquela foto e o áudio dela martelavam sua mente a cada vez que a via. Ele sabia que estava em terreno escorregadio, mas não conseguia evitar.

Lúcia, por outro lado, não precisava de mais palavras para continuar sua sedução. Ela percebia os olhares desviados, a forma como ele hesitava ao falar com ela, a tensão em cada músculo do corpo dele. E foi então que ela resolveu dar o próximo passo.

Naquela tarde, Lúcia apareceu usando um vestido leve, que dançava com o vento. O decote era sutil, mas deixava transparecer uma ousadia quase acidental. Quando se sentou no divã de sempre, cruzou as pernas lentamente, como quem não percebe que está revelando mais do que deveria. Mas Rafael percebeu. E ela também notou o olhar rápido dele, que desviou quase no mesmo instante.

“Está tudo bem, Dr. Rafael?” ela perguntou com aquela voz suave, cheia de malícia travestida de inocência.

“Está sim,” ele respondeu seco, tentando ignorar a forma como seus olhos queriam voltar a encará-la.

“Você parece… tenso. Quer conversar sobre isso?” Ela inclinou a cabeça, fingindo preocupação, mas os lábios dela se curvavam num sorriso quase imperceptível.

“Você está aqui para falar sobre você, Lúcia.”

“Mas eu me preocupo com você… e eu sinto que… bom, a gente tem uma conexão. Algo além da terapia, não é?” Ela se aproximou um pouco mais no sofá. “Ou será que eu estou imaginando tudo isso sozinha?”

Rafael ficou em silêncio. Ele podia sentir a pulsação acelerada no pescoço. A sala parecia menor, mais abafada, como se o ar estivesse carregado de eletricidade.

“Você está imaginando,” ele respondeu, finalmente. Mas a voz dele saiu baixa, sem convicção.

Lúcia não disse mais nada. Apenas mordeu levemente o lábio inferior, olhou nos olhos dele por um segundo a mais do que o necessário, e então voltou ao seu lugar, como se estivesse satisfeita. O silêncio entre eles era denso, e pela primeira vez, Rafael sentiu que estava perdendo o controle da situação.

No final da sessão, ao levantar-se para sair, Lúcia tropeçou de leve no tapete do consultório. Rafael, por instinto, levantou-se para segurá-la — e o fez. As mãos dele pousaram em sua cintura, firme, protetor, mas ela não se afastou. Pelo contrário, ficou ali por um segundo a mais. Os corpos próximos, o cheiro dela invadindo seus sentidos, o olhar fixo, quase pedindo algo.

“Obrigada,” ela disse baixinho, olhando diretamente nos olhos dele. A voz dela saiu trêmula, mas não de medo — de desejo contido.

Ele a soltou lentamente, como se cada centímetro de distância fosse uma tortura.

Ela sorriu, virou-se, e saiu com passos lentos, deixando para trás um rastro de perfume e pensamentos perigosos.

Quando a porta se fechou, Rafael sentou-se na poltrona e passou as mãos pelo rosto. Ele sabia que estava à beira de algo que não poderia mais conter. E, pela primeira vez, se perguntou: Será que quero mesmo conter?

Na sessão seguinte, Lúcia chegou diferente. Estava mais séria, mas havia algo em seu olhar — uma certeza, uma provocação silenciosa. Vestia uma saia longa com uma fenda sutil, e uma camisa branca de botão… três deles abertos. O sutiã de renda preta espiava discretamente. Era como se ela dissesse: Eu sei o que você quer ver. E eu vou te dar só o suficiente pra te deixar louco.

Sentou-se com calma, cruzando as pernas, deixando a fenda da saia se abrir levemente. A pele macia da coxa aparecia em ângulos que Rafael tentava não ver — mas via. E pior: sentia.

“Hoje eu queria falar de fantasias,” disse ela, olhando-o de lado, como quem joga uma armadilha já sabendo que o outro vai cair.

Rafael respirou fundo. “Fantasias… sexuais?”

Ela assentiu, devagar. “É errado falar sobre isso aqui?”

Ele pensou em dizer que sim. Pensou em desviar. Mas sabia que se fizesse isso, perderia o controle do jogo. Ela perceberia sua fraqueza.

“Não é errado. Se for importante pra você, podemos explorar isso.”

“Ótimo,” ela disse, e sorriu. “Porque às vezes eu fico imaginando… como seria estar com alguém mais velho. Alguém experiente. Que sabe exatamente o que fazer, como tocar, como olhar…”

A voz dela era pura meiguice misturada com um veneno doce. Rafael engoliu em seco.

“E você tem esse tipo de fantasia com frequência?” ele perguntou, tentando manter a pose profissional, mesmo sentindo a gravata apertar no pescoço.

“Depende da semana…” Ela inclinou-se levemente pra frente, os botões da camisa ameaçando ceder. “Hoje, por exemplo, está bem forte.”

O ar no consultório pareceu ficar mais denso.

“Você está falando sobre alguém específico?”

Ela sorriu, mas não respondeu. Apenas passou o dedo lentamente sobre o braço do sofá, como quem traça uma linha imaginária. “Você é muito cuidadoso, Dr. Rafael. Mas às vezes, o cuidado demais impede a gente de viver coisas que poderiam ser incríveis.”

Silêncio.

Ela pegou o celular da bolsa novamente e mexeu por alguns segundos. Então, virou a tela pra ele, sem dizer nada.

Era um print de uma conversa — dela com alguém, talvez uma amiga. No texto, ela dizia claramente:

“Se ele encostar em mim uma vez, eu não respondo por mim.”

Rafael olhou a tela, depois pra ela. Lúcia o encarava firme, sem desviar, com os olhos brilhando.

“Você queria que eu visse isso, né?” ele disse, com um leve sorriso de canto. Um misto de raiva e desejo.

“Queria.” A resposta saiu na lata. Sem hesitação. “Porque eu tô cansada de só te imaginar. Eu quero te provocar até você parar de fugir de mim.”

Ele ficou em silêncio. O coração batendo alto. O autocontrole pendurado por um fio fino. Muito fino.

Ela se levantou devagar, andando até a porta, sem pressa. Antes de sair, virou o rosto por cima do ombro.

“Na próxima sessão… eu vou estar com algo especial por baixo. Só pra você. Mas só se você quiser ver.”

E saiu.

Rafael ficou sentado, imóvel. As mãos trêmulas, a respiração pesada. O relógio marcava o fim da sessão. Mas a guerra dentro dele estava só começando.

Dr. Rafael estava determinado. Naquela manhã, meditou, fez musculação, ignorou mensagens e bloqueou qualquer pensamento que tivesse nome e cheiro de Lúcia. Hoje ele seria de pedra. Imune. Um terapeuta modelo.

Mas aí ela entrou.

Vestido curto, de alcinhas, daqueles que mal cobrem a coxa quando ela se senta. O cabelo solto, batom discreto, mas o olhar… ah, o olhar. Era de quem já tinha vencido, só estava esperando o prêmio cair no colo.

Literalmente.

“Oi, doutor…” disse ela, com uma voz doce, lenta, escorrendo como mel quente.

“Boa tarde, Lúcia. Vamos começar?”

Ela se sentou devagar, deixando o vestido subir só o bastante pra mostrar uma faixa da renda preta da calcinha na curva da coxa. Ele viu. Ele tentou não ver. Tentou olhar pro chão, pro teto, pro diploma na parede. Mas viu.

“Hoje eu trouxe uma coisa especial pra te mostrar,” ela disse, tirando o celular da bolsa com a calma de quem sabe o que está fazendo.

Rafael franziu a testa. “Lúcia, você sabe que—”

“Calma, doutor. Não é nada demais… quer dizer, depende do ponto de vista.”

Ela deslizou até uma foto. Era uma selfie. Um close do rosto, cabelo molhado, mordendo o lábio. Mas o espelho atrás entregava mais: ela estava de costas, nua, como se tivesse saído do banho e esquecido que a câmera pegava o reflexo. Ou não esquecido coisa nenhuma.

“Foi sem querer… juro,” ela disse, piscando devagar. “Mas… se fosse de propósito… você ficaria bravo?”

Ele ficou calado por três segundos inteiros. Pareciam horas. Depois, respondeu com firmeza:

“Lúcia, isso ultrapassa os limites do que é saudável aqui. Você está em um ambiente terapêutico. E essa foto… é um convite.”

“E se eu estiver mesmo te convidando, doutor?” Ela apoiou o queixo na mão, como quem fala sobre o clima. “Você não vem?”

O ar-condicionado estava ligado, mas Rafael sentia a nuca suar.

“Você tem 18 anos,” ele disse. “E eu sou um homem casado. Isso aqui… é impróprio.”

“Você também tem músculos, doutor,” ela disse, maliciosa. “Tem mãos fortes, voz grossa, um cheiro que me deixa tonta. E eu sou maior de idade. Livre. Com vontades.”

Ele não respondeu. Sabia que qualquer palavra poderia ser usada contra ele… por ela, ou por ele mesmo.

Então, Lúcia cruzou as pernas lentamente. O vestido subiu. E por um instante, apenas um segundo cruel, ele viu: ela não estava usando calcinha.

E ela sabia que ele viu.

O silêncio ficou denso, quase sólido. Ela se ajeitou como se nada tivesse acontecido, e sorriu.

“Você ainda acha que eu sou só uma menina, doutor? Ou já percebeu que eu sei exatamente o que estou fazendo com você?”

Ele se levantou bruscamente.

“Vamos encerrar por hoje.”

Ela não se mexeu. Só olhou pra ele, com aquele olhar de quem vai dormir imaginando o efeito que causou.

“Claro, doutor. Mas… semana que vem eu venho com mais calma. A gente ainda tem muito o que explorar, né?”

Ela saiu sem pressa. Rafael permaneceu de pé, coração disparado, respiração pesada, mãos trêmulas.

Mais uma sessão dessas e ele ia precisar de um terapeuta.

Era sexta-feira à noite. Rafael estava em casa, tentando se reconectar com a esposa. Tinha preparado vinho, um jantar leve, música ambiente. Mas por mais que tentasse, sua cabeça estava longe. Melhor dizendo, estava num vestido curto, num divã, numa boca mordida com intenção.

Sua esposa falava sobre o trabalho, sobre a reforma da casa da irmã, sobre os planos do fim de semana. Ele sorria, respondia com monossílabos. Tentava. Mas falhava.

E então o celular vibrou.

Ele viu o nome no visor: Lúcia. Sentiu o estômago contrair. Abriu discretamente, com a tela voltada pro colo. Era uma foto. E uma mensagem.

A imagem era tirada de cima, deitada na cama, usando apenas uma camisa masculina — larga, branca, claramente não dela — e nada mais. Pernas à mostra, uma das alças caindo do ombro. Olhar direto, firme, com um meio sorriso que não deixava dúvidas: aquilo era um ataque frontal.

A mensagem:

“Fico imaginando se a sua esposa ainda veste lingerie pra você. Ou se só te deseja quando é aniversário de casamento. Eu não preciso de data. Só preciso de você.”

Rafael quase deixou o celular cair. O sangue subiu com tanta força que ele sentiu as orelhas esquentarem.

Sua esposa olhou e sorriu, sem notar nada.

“Tá tudo bem, amor?”

Ele sorriu de volta, engolindo o caos que se formava dentro dele.

“Sim… só uma mensagem de paciente.”

E era. Mas não da forma como ele queria admitir.

Mais tarde, já na cama, ao lado da esposa adormecida, Rafael rolava a imagem com o polegar, como se estivesse testando sua própria resistência. Era só uma foto. Só uma garota. Mas ela sabia onde mirar. E estava acertando cada flecha bem no centro.

Ele escreveu uma resposta. Apagou. Escreveu outra. Apagou de novo.

Até que finalmente, não resistiu:

“Isso que você está fazendo é errado.”

Mas o dedo não tocou “enviar”. Porque ele sabia: se mandasse, ela venceria mais uma vez. E talvez, dessa vez, ele não conseguisse mais voltar.

Sábado de manhã. Rafael tomava café em silêncio. A esposa dormia no quarto, e ele aproveitava a calma para responder e-mails do consultório, revisar anotações, fingir que sua vida era normal.

Mas ela não deixava. Lúcia.

O celular vibrou. Notificação do WhatsApp. Era ela de novo.

Dessa vez, sem texto. Apenas uma foto.

Ela estava deitada na cama, de lado, a pele nua, lisa, coberta apenas por um lençol fino e branco — que deixava visível a curva do quadril, parte da coxa e metade do seio. A outra mão segurava o celular. Os olhos fixos nele. Direto. Sem vergonha. Sem piedade.

Rafael congelou. O coração deu um salto que ele sentiu até nos dentes.

Ficou olhando a imagem por tempo demais. Analisando cada detalhe como quem tenta encontrar justificativa pra continuar encarando. Tentando achar uma razão clínica pra sua ereção repentina.

Ela mandou outra mensagem, segundos depois:

“Hoje eu acordei assim. E pensei em você.”

Ele respirou fundo. Largou o celular na mesa. Levantou. Andou até a janela. Voltou. Pegou o celular de novo.

Queria apagar. Bloquear. Mandar ela se afastar. Mas os dedos fizeram o contrário.

Rafael:

“Lúcia… você sabe que isso ultrapassa todos os limites possíveis.”

E antes que pudesse apagar como das outras vezes… ele escreveu mais uma linha.

“Mas você está… deslumbrante.”

Mensagem enviada.

Sentiu o frio na barriga imediatamente depois. O arrependimento, o alívio, o desejo — tudo misturado num coquetel explosivo que queimava o estômago.

A resposta dela veio em segundos, como se já estivesse esperando:

“Finalmente.”

Silêncio. Ele olhou pro teto. Passou a mão no rosto. Sabia que estava encrencado. E não conseguia se importar.

Lúcia ainda mandou mais uma, com um emoji sutil de diabo — como quem diz agora você é meu, e sabe disso.

O domingo amanheceu com gosto de ressaca emocional. Rafael olhava para o teto do quarto, a esposa dormindo ao lado, e sentia como se tivesse cometido um crime — daqueles que ninguém viu, mas que deixam a alma suja. Ele lembrou da mensagem enviada. Das palavras que escaparam sem filtro. De como elogiou.

Levantou mais cedo que o normal. Tomou um banho frio, quase penitente. Enquanto a água caía, repetia pra si:

“Foi só um deslize. Corrigível. Eu ainda sou o adulto nessa história.”

Pegou o celular com o coração acelerado. Tinha mais uma mensagem dela. Não abriu. Em vez disso, respirou fundo e escreveu:

Rafael:

“Lúcia, ontem eu cruzei uma linha que não devia. Peço que não me envie mais mensagens íntimas. Nossa relação precisa continuar sendo profissional. Conto com sua compreensão.”

Ele releu umas três vezes antes de enviar. Apertou “enviar” como quem aperta um botão de emergência. Alívio. Agora sim, tudo certo. Resgatei o controle.

A resposta não demorou:

Lúcia:

“Entendi. Profissional. Claro.”

Simples. Rápida. Sem sarcasmo, sem ironia. E era exatamente isso que o deixou ainda mais inquieto.

A segunda mensagem veio cinco minutos depois.

“Posso só perguntar uma coisa, sem malícia?”

Rafael hesitou. Pensou. Respondeu:

“Depende da pergunta.”

“Naquela foto… qual parte você achou mais bonita? A curva do quadril ou o olhar?”

Ele sentiu o coração dar um salto.

“Lúcia, não seja infantil.”

“Então foi o quadril.”

“Ou talvez a curva da cintura. Sei que você reparou. Eu reparei no seu elogio.”

Rafael desligou o celular. Literalmente. Apertou o botão, como se isso pudesse calar a própria consciência. Sentou-se no sofá com as mãos no rosto. O domingo inteiro pela frente, e ele sabia: já tinha perdido o controle.

Lúcia não precisava forçar mais nada. Ela já estava na cabeça dele, nos pensamentos mais íntimos, nas fantasias que ele nem queria admitir pra si mesmo. E o pior: agora, ela estava em silêncio. E isso o deixava louco.

Porque não havia nada mais perigoso do que uma novinha em silêncio… depois de vencer o jogo.

Na terça-feira, Rafael estava preparado. Engessado, na defensiva, com a postura de quem entrou num campo minado. Esperava qualquer coisa — um decote, um cruzar de pernas fatal, um sussurro insinuante.

Mas Lúcia surpreendeu.

Chegou de rabo de cavalo, vestidinho florido, zero maquiagem. Até os ombros pareciam mais encolhidos. Cumprimentou com um “boa tarde, doutor” doce, calmo, respeitoso. Sentou-se direita, com as pernas juntas, as mãos no colo. Como uma aluna exemplar.

“Hoje eu só queria falar um pouco dos meus sonhos… andei tendo uns sonhos estranhos, sabe?”

Rafael, desconfiado, esperou a armadilha. Mas não veio.

Ela falou de um cachorro da infância. De uma praça. De chuva. De abandono.

Tudo no tom certo. Tudo impecável.

Ele até começou a relaxar — ou achava que estava relaxando. Porque parte dele estava confusa. Sentia falta das provocações, como se estivesse viciado na tensão.

Ao fim da sessão, ela se levantou e sorriu:

“Obrigada, doutor. É bom poder confiar em alguém assim.”

Rafael assentiu. “Sempre que precisar, Lúcia. Estou aqui.”

Ela saiu. Doce. Recatada.

Cinco minutos depois, o celular vibrou. WhatsApp.

Lúcia:

“Gostou da mocinha comportada de hoje?”

Ele hesitou. Não respondeu. Mais uma mensagem.

“Você ficaria surpreso com o que tem debaixo daquele vestidinho florido.”

Seguido de uma foto. Apenas as pernas dela, sentada, o vestido levantado. A calcinha branca de renda, milimetricamente posicionada. Um pedacinho da pele por fora, como quem acena e diz “oi, lembra de mim?”

“Você me olhou tão sério hoje… Fiquei molhada mesmo assim.”

Rafael largou o celular como se fosse uma granada. Mas o dano já estava feito. A imagem ficou na retina. A frase na alma. A excitação na calça.

Respondeu horas depois. Tentando soar superior, frio:

“Lúcia, você precisa entender que isso é uma armadilha. E eu não vou cair.”

Lúcia:

“Você já caiu, doutor. Só não percebeu o quanto ainda gosta de fingir que não.”

Faltavam 12 minutos para a sessão de Lúcia.

Rafael organizava a sala, alinhava as almofadas do divã, fingia estar tranquilo. Tentava focar em relatórios clínicos. Mas por dentro, estava em alerta. Como quem espera uma tempestade.

E ela não falhou.

Celular vibrou. Mensagem no WhatsApp.

Lúcia:

“Estou chegando, doutor. Mas antes… quero te deixar com uma imagem na cabeça.”

Ele gelou.

Nova notificação: Imagem recebida.

Era um close. A câmera baixa, ela sentada com as pernas abertas — só o suficiente pra mostrar a calcinha de novo. Dessa vez, preta, fio dental, com uma fitinha que dizia “mau comportamento.”

E a legenda:

“Hoje eu vim mais comportada. Mas por dentro, tô igualzinha a essa calcinha.”

Rafael sentiu o ar faltar.

Olhou pro relógio. 7 minutos.

Levantou, bebeu água. Respirou fundo. Quis bloquear o número. Quis responder. Quis gritar. Mas tudo o que conseguiu fazer foi ajustar a gravata… e esperar.

Ela chegou pontualmente.

Bateu à porta com leveza, entrou com um sorriso calmo, olhar baixo, roupa leve e nada provocante. Cabelos presos, maquiagem mínima, postura de monja.

“Boa tarde, doutor.”

Ele respondeu com a voz presa na garganta. “Boa tarde… Lúcia. Pode se sentar.”

Ela se sentou com delicadeza. Cruzou as pernas de forma quase tímida. Olhou pra ele como quem espera aprovação.

“Hoje… eu queria falar da minha relação com a minha mãe. Tá tudo bem?”

Rafael quase riu de nervoso. A mãe, claro. A santa jogando cartas na mesa enquanto o inferno queimava no bolso do jaleco.

A sessão transcorreu com ela tranquila, emocional, até um pouco vulnerável. Rafael ouvia, anotava, fingia concentração. Mas a imagem da calcinha e da legenda girava na mente como uma música chiclete. Ele suava pelas costas. Engolia seco a cada vez que ela tocava o cabelo ou cruzava a perna devagar.

No fim da sessão, ela sorriu.

“Você me ajuda a me sentir mais segura, doutor. De verdade.”

Ele respondeu um “fico feliz” que soou mais como um pedido de socorro.

Ela saiu com leveza.

Cinco segundos depois: o celular vibrou.

Lúcia:

“Tava pensando aqui… será que hoje eu deixei tua cueca apertada? Ou foi só impressão minha?”

Rafael largou o aparelho de novo, passou a mão no rosto, e pensou:

Essa garota vai acabar comigo. E talvez… eu esteja deixando.

Rafael ficou olhando pra mensagem por longos minutos. O consultório estava vazio, silencioso. Mas dentro dele, o barulho era ensurdecedor.

“Será que hoje eu deixei tua cueca apertada? Ou foi só impressão minha?”

Ele devia ignorar. Devia. Ele sabia.

Mas o dedo foi mais rápido que o juízo.

Rafael:

“Você não faz ideia do quanto.”

Envio automático. Mensagem azul. Dois risquinhos. Visualizada.

Silêncio.

Silêncio assassino.

Rafael sentiu o gelo subindo pelo peito, aquela sensação de “o que eu acabei de fazer?” que só vem depois do clique.

Passou a mão no rosto. Levantou. Andou em círculos. Pensou em apagar. Pensou em fingir que foi um erro. Pensou até em jogar o celular na parede.

Mas aí veio a resposta.

Lúcia:

“Então vou começar a calcular melhor a intensidade da pressão. Digamos… nível 7 hoje. Quer testar o 9 na próxima?”*

E uma foto. Não explícita. Mas cruel.

A bainha do vestido sendo levantada, devagar, revelando a pele da coxa. A legenda:

“Só a pontinha.”

Rafael se sentou, exausto. O cérebro gritando “você cruzou a linha”, o corpo pedindo mais.

Ele digitou uma resposta. Apagou. Escreveu outra. Apagou de novo.

Mas a verdade é que ele não precisava responder mais nada. Porque a mensagem que mais falou… já tinha sido enviada.

E Lúcia agora sabia: ele caiu.

A noite chegou e com ela, o silêncio que Rafael mais temia: aquele que deixava espaço pras imagens voltarem.

Ele tentou trabalhar, jantou com a esposa em silêncio, fingiu um sorriso aqui e ali. Mas tudo que via era a bainha do vestido sendo levantada. A curva da coxa. A promessa do “nível 9”.

Já na cama, a esposa adormeceu rápido, como sempre. E ele ficou ali, deitado, olhos no teto, o celular queimando no criado-mudo. Sentia o coração bater nos dedos.

Pegou o aparelho. Abriu a galeria. A foto dela. A maldita, deliciosa, irresistível foto. Ampliou. Tocou a imagem. Imaginou o que havia além do limite do vestido. E então, a mente fez o resto: a boca dela, o cheiro, o sussurro. O jeito como ela dizia “doutor…” com aquele tom fingidamente inocente.

A mão desceu sem que ele percebesse. O toque foi leve no início, como se ainda estivesse negociando consigo mesmo. Mas logo o corpo tomou o controle. O membro já pulsava, pedindo atenção. Ele se masturbava como quem peca com gosto, acelerando, os olhos vidrados na tela, a respiração pesada.

E no clímax, ele não disse nada. Mas pensou. Lúcia.

Gozou rápido, com força, tenso. O prazer veio junto com um travo amargo. Sentou na cama, suado, ofegante. Se sentiu um lixo. Um fraco. Um homem de cinquenta anos… batendo punheta por uma garota de dezoito.

Mas mesmo no meio da culpa, havia algo dentro dele que sorria. Porque o corpo falava a verdade que a boca negava.

E no fundo, ele sabia: isso não era o fim. Era só o começo do nível 9.

Na terça-feira seguinte, Rafael já estava completamente desconcentrado. A última noite, aquele alívio misturado com culpa, ainda reverberava no corpo dele. Mas ele não tinha ideia de que Lúcia já sabia o quanto o havia afetado. Ela, com sua astúcia de jovem, estava no controle — e sabia exatamente como dar o passo certo.

Ela entrou no consultório com um sorriso suave, o cabelo amarrado de novo, a roupa simples e comportada. Cumprimentou o Dr. Rafael como se fosse uma garota comum, mais uma jovem tentando entender sua vida.

“Boa tarde, doutor,” disse com voz doce, como se tivesse deixado tudo para trás. Mas os olhos… os olhos estavam mais escuros, mais profundos. Aquele brilho inconfundível de quem sabe exatamente o que está fazendo.

Rafael respondeu com um sorriso, tentando manter a compostura. Sentou-se. Ela também. Tudo parecia “normal”. Ou quase.

A sessão começou com o mesmo enredo de sempre: conversas sobre inseguranças, sonhos e medos. Mas, enquanto ela falava, Rafael sentia o calor dela, aquele magnetismo invisível. Ele tentava focar, mas a mente sempre voltava para aquele instante no qual ele perdeu o controle, e para o desejo crescente que sentia por ela.

De repente, no meio da sessão, Lúcia fez uma pausa e disse:

“Doutor, eu… não sei se você percebeu, mas… às vezes fico me perguntando se você não está com medo de mim.”

Rafael quase engasgou. Olhou pra ela, tentando disfarçar o desconforto.

“Medo?” Ele perguntou, arqueando uma sobrancelha, tentando manter a postura de profissional. “Não há motivo pra isso.”

Ela sorriu, mas foi um sorriso misterioso, como se soubesse exatamente o que ele estava escondendo. “Você tem medo de me ver de um jeito diferente, não é? Um jeito… mais real.”

A voz dela ficou mais baixa, mais suave. Era como se ela estivesse sussurrando em sua alma.

Rafael sentiu o corpo tenso. Ele respirou fundo. “Lúcia, o que está querendo dizer com isso?”

Ela olhou nos olhos dele por um longo momento. Depois, baixou os olhos para o colo, onde os dedos brincavam suavemente com a ponta do vestido. Ele seguiu o movimento, sem querer, mas não conseguiu evitar.

“Eu sou só uma jovem tentando entender o que sinto, doutor. Não acho que você deva se preocupar tanto com isso.” Ela fez uma pausa, sua voz ficando ainda mais doce. “Eu sei que você tem uma vida… uma família. Eu não quero causar problemas. Só… não quero que você tenha medo de mim.”

Rafael engoliu seco. Ele sabia exatamente onde isso estava indo. Ela estava flertando com ele, jogando o jogo da “doçura inocente”, enquanto o deixava completamente fora de equilíbrio.

Mas ela não parou por aí. Quando ele olhou para o relógio e viu que a sessão estava chegando ao fim, Lúcia sorriu novamente, um sorriso mais tranquilo, mas agora com uma pitada de malícia.

“Doutor, você acha que a culpa pode ser gostosa às vezes?” perguntou, quase como se estivesse falando de algo banal, mas com um tom de voz que não deixava margem para dúvida.

A pergunta o pegou de surpresa. Ele olhou para ela, sem saber como responder.

Ela se levantou lentamente. “Eu vou indo. Nos vemos na próxima sessão, doutor. Foi bom conversar. Talvez na próxima eu possa te contar sobre um sonho… muito, muito bom. E quem sabe, se você não estiver com medo… podemos até conversar sobre outros desejos, né?”

Ela se dirigiu até a porta, parando por um momento, como se estivesse apenas esperando para ver até onde ele iria ceder.

Quando ela saiu, Rafael ficou parado, sem saber o que fazer. Sua mente estava em um turbilhão. Ela não estava apenas brincando com ele. Ela o estava desafiando.

Na noite seguinte à sessão, Rafael mal conseguiu dormir. Ele tentou se concentrar no trabalho, mas a imagem de Lúcia, com aquele sorriso misterioso e as palavras maliciosas, girava em sua cabeça. O que ela queria dizer com “outros desejos”? Ele não sabia, mas já estava começando a se sentir como um homem prestes a se afogar em algo que não conseguiria controlar.

Foi quando o celular vibraram.

Era ela. Lúcia.

Uma mensagem.

Lúcia:

“Doutor, espero que tenha se recuperado do susto de hoje.”

Ele engoliu seco. O que ela estava querendo dizer? O que vinha a seguir?

E então, a bomba: “Vídeo recebido”.

Ele hesitou. Não queria abrir. Sabia que não deveria. Mas as mãos, como sempre, pareciam comandar mais que a mente. Ele clicou.

Era um vídeo curto. Visualização única.

Lúcia estava deitada na cama, com o celular posicionado de modo a capturar sua expressão. Ela olhava diretamente para a câmera, com um sorriso suave, como quem fizesse um pedido silencioso. A iluminação suave no quarto, a pele brilhando à luz.

E então ela fez algo que Rafael jamais poderia prever: ela levantou a blusa. Com movimentos lentos e calculados, deixou os seios à mostra, por um breve momento. Não havia muito, mas era o suficiente para que a mente dele completasse o resto. Ela não falava nada, apenas olhava com um olhar fundo, como se desafiasse, como se soubesse exatamente o impacto que isso teria.

O vídeo parou.

Era o tipo de imagem que não deveria ter sido vista. Rafael ficou ali, a respiração rápida, sentindo o corpo ferver. Não poderia ser real, ele pensou. Mas o desejo? Ah, o desejo era real.

Lúcia:

“Só uma visão rápida, doutor. Eu sei que você está querendo mais, mas… talvez o mais seja algo que você não consiga ter.”

Ele tentou pensar racionalmente. Tentou racionalizar tudo. Mas o gosto do “quero mais” estava lá, presente, mais intenso do que jamais imaginou que poderia estar.

Não conseguiu evitar.

Rafael:

“Por que fez isso? Por que me fez ver isso?”

A resposta veio instantaneamente.

Lúcia:

“Porque eu sei que você não vai resistir a mim, doutor. Sei que você pensa em mim o tempo todo. E eu também penso em você. Eu queria te mostrar… que você tem mais controle sobre mim do que imagina. Você só não percebe ainda.”

Ele ficou em silêncio, o telefone quente nas mãos. A ansiedade, a vergonha e o desejo misturados de uma maneira que o consumia.

Ela sabia. Ela sabia tudo.

Era quarta-feira, fim de noite. Rafael, deitado no sofá, celular na mão. A casa em silêncio. A esposa no quarto, distraída. Ele ali, os olhos fixos na conversa com Lúcia, com o coração batendo mais rápido do que em qualquer sessão de cardio.

A última mensagem dela ainda pulsava na tela:

Lúcia:

“Você só não percebe ainda o quanto me quer.”

Ele olhou a frase. Leu de novo. Pensou em ignorar.

Mas os dedos… de novo, os malditos dedos.

Rafael:

“E o que mais você acha que eu ainda não percebi?”

Visualizado. Ela estava online.

A resposta veio rápida, como se ela estivesse esperando.

Lúcia:

“Acho que você não percebeu que pode pedir. Eu gosto quando você manda.”

Ele sentiu um arrepio. Era como se ela tivesse virado o jogo sem ele ver.

Ele hesitou por segundos. Depois, digitou:

Rafael:

“Mandar o quê, exatamente?”

Silêncio.

E então:

Lúcia:

“Quer mesmo saber? Me dá um motivo bom… e eu mando um vídeo que talvez te deixe com saudade do consultório.”

Ele riu baixinho. Estava jogando o jogo dela. Mas com estilo. Nada explícito. Só o necessário.

Rafael:

“Você já me deixou com saudade dele sem precisar de vídeo. Mas… talvez se eu disser que sonhei com você ontem?”

Ela respondeu com um emoji de coração preto. E, logo em seguida, uma notificação: Vídeo recebido. Visualização única.

Ele engoliu seco.

No vídeo, Lúcia estava com o mesmo vestidinho da última sessão. Deitada de lado, a câmera captando o perfil do corpo. Dessa vez, ela falava, sussurrando:

“Será que é errado eu me tocar pensando em você, doutor? Porque às vezes, eu faço isso… bem devagar, só imaginando sua voz me dizendo o que fazer.”

O vídeo cortou ali. Trinta segundos de destruição mental.

Ele mordeu o lábio. O pau já duro dentro da calça. Mas não ia se masturbar de novo. Não ainda. Ele tinha um papel a manter.

Rafael:

“Você está indo longe demais, Lúcia. Mas… a sua voz naquele vídeo… quase me fez fechar os olhos.”

Pausa.

Lúcia:

“E se eu quiser que você feche os olhos? E que quando abrir… só consiga pensar em mim?”

Ele não respondeu.

Só olhou para a tela, e dessa vez, não se sentiu culpado. Se sentiu envolvido. Como quem, enfim, parou de lutar contra a maré.

Porque mesmo longe, mesmo pela tela, Rafael já não era mais o mesmo.

Rafael estava na cozinha, o celular na mão, tentando ignorar a adrenalina que explodia toda vez que via o nome dela piscar na tela. Lúcia. Sempre ela.

Mandou um “boa noite” inofensivo. Só pra manter o contato. Mas ela, como sempre, transformou tudo em gasolina.

Lúcia:

“Boa noite, doutor. Sonhou comigo de novo ou já cansou da novinha abusada?”

Ele sorriu, quase dizendo em voz alta: “maldita”. Mas escreveu algo melhor.

Rafael:

“Você fala como se soubesse o efeito que tem. Mas talvez não tenha ideia do que significa pra um homem da minha idade ser provocado por uma menina de 18.”

Silêncio.

E depois:

Lúcia:

“Você tem 50… eu tenho 18. E mesmo assim, sou eu que te deixo nervoso? Me sinto poderosa.”

Ele riu. Sabia que ela estava jogando. Mas resolveu dar corda.

Rafael:

“Você é poderosa. E linda. E perigosa. Mas não é pra mim, Lúcia. Você é muito nova. É uma delícia proibida.”

A resposta veio rápida, como se ela tivesse se preparado:

Lúcia:

“E mesmo assim, você não para de me responder. Não para de pensar. E se eu dissesse que essa delícia proibida só quer você? Que a novinha só pensa no homem casado que tenta resistir e não consegue?”

Rafael respirou fundo. As calças já desconfortáveis. As palavras dela batiam como gemidos no ouvido. Mas ele manteve a pose. Quase.

Rafael:

“Talvez eu goste desse perigo. Talvez tenha algo em você que desperta o que eu enterrei faz tempo. Mas isso não muda o fato de que você… não deveria ser minha tentação.”

Lúcia:

“Mas eu sou, doutor. E posso te mostrar isso melhor. Só dizer.”

Ele não respondeu de imediato. Ficou olhando pra tela. O pau já estava duro. O coração, acelerado. A moral? Jogada no canto da sala.

Mandou um áudio. A voz baixa, grave, arrastada.

Rafael (áudio):

“Você quer me provocar, Lúcia? Consegue. Mas cuidado com o que pede. Porque se eu parar de resistir… você não vai conseguir voltar atrás.”

Do outro lado, ela ouviu em silêncio. E pela primeira vez naquela noite, ela mordeu o lábio.

Ela o tinha nas mãos. Mas agora… ele também começava a apertar.

A resposta de Lúcia não veio de imediato, e isso já era parte do jogo. Rafael ficou encarando a tela, tentando manter o foco em qualquer outra coisa. Mas era inútil.

Até que apareceu: “Áudio recebido – 11 segundos”

Sem legenda. Sem aviso.

Ele olhou ao redor, certificou-se de estar sozinho, fones no ouvido. E apertou play.

A voz dela veio baixa, entrecortada por uma respiração trêmula.

Lúcia (áudio):

“Doutor… se você soubesse o que eu tô fazendo agora… talvez me mandasse parar. Ou talvez… pedisse pra eu continuar. Bem… devagar… assim.”

No final, um gemido sutil. Quase um suspiro. Nem alto, nem escancarado. Mas molhado. Intenso. Feito pra ficar na cabeça dele como eco.

Rafael apertou os olhos, sentiu o sangue pulsar nas têmporas. O pau já enrijecido dava sinais de que não aguentaria muito mais essa brincadeira de “adulto responsável”.

Ele não respondeu de imediato. Respirou fundo, soltou o ar devagar. Mas logo os dedos traíram a razão.

Rafael:

“Você vai me matar desse jeito. Esse áudio… Lúcia… você tá ultrapassando todos os limites.”

E ela, como se fosse a própria definição da tentação:

Lúcia:

“Então me ensina o limite, doutor. Me mostra até onde eu posso ir. Ou… me deixa passar de vez.”

Ele leu a mensagem, repetidas vezes. A tensão entre querer repreender e querer invadir o corpo dela com palavras era insuportável.

Mais uma vez, mandou áudio. A voz rouca, quase num sussurro.

Rafael (áudio):

“Você não tem ideia do que está pedindo. Mas continua… só mais um pouco.”

Ele sabia: estava afundando. Mas não queria sair.

Era madrugada.

Rafael estava deitado na cama, luz apagada, esposa dormindo ao lado. Mas os olhos dele estavam vidrados na tela do celular, como se aquele pequeno retângulo de luz fosse o único mundo que importava.

A última mensagem dele ainda piscava:

Rafael:

“Continua… só mais um pouco.”

E então, o áudio chegou.

Lúcia (áudio – 18 segundos):

“Ai… doutor… eu tô com a mão entre as pernas agora… só pensando em você falando no meu ouvido. Me chamando de menina má… Me dizendo que não deveria fazer isso, mas… ahh… não consigo parar…”

No final, o som de um gemidinho abafado. Um estalo. Pele com pele? Talvez. Mas sem mostrar. O tipo de áudio que deixa mais na cabeça do que no ouvido.

Rafael mordeu o lábio com força, os olhos fechados. A ereção doía. Ele se levantou, foi pro banheiro, trancou a porta.

Abriu o WhatsApp.

Rafael:

“Lúcia… me mostra. Só uma vez. Não precisa dizer nada. Só… me mostra o que essa sua mão tá fazendo.”

Visualizado.

Ela ficou online.

Digitando…

E sumiu.

Digitando de novo…

Lúcia:

“Se eu mostrar… promete não se apaixonar por mim, doutor?”

Ele respondeu sem pensar:

Rafael:

“Mostra.”

Silêncio.

E então, vídeo recebido – visualização única.

Com as mãos trêmulas, ele apertou play.

Lúcia estava deitada. Apenas a cintura pra baixo aparecia. Uma calcinha preta, pequena, já umedecida. A mão por dentro. Os dedos se movendo devagar, circulando, pressionando. Os gemidos abafados vinham como sussurros, como promessas.

No fim, ela deixou escapar:

“Você vai ser meu, doutor. Só meu.”

Vídeo encerrado.

Ele encostou na parede fria do banheiro, a respiração ofegante, a calça já nos joelhos. Não dava mais pra fingir.

Ali, no escuro, se masturbou pensando nela. Nos sons, nos cheiros imaginados, no proibido que agora era inevitável.

Depois, limpou-se, olhou o reflexo no espelho. Culpado. Excitado. Viciado.

Pegou o celular e digitou:

Rafael:

“Você venceu. Mas agora… vai ter que me aguentar.”

Rafael passou o dia inteiro com a cabeça fora do lugar. Atendia pacientes no automático, fingia atenção em reuniões, mas no fundo, só conseguia pensar em uma coisa: aquela imagem. A mão dela. O sussurro. O gemido final.

A noite chegou e, como um vício, ele voltou pra tela. Abriu o WhatsApp. Nenhuma nova mensagem.

Foi ele quem quebrou o silêncio.

Rafael:

“Você passa dos limites. Mas sabe exatamente onde me atingir, né?”

A resposta veio com aquele tom doce de sempre, como se não tivesse feito nada demais.

Lúcia:

“Só queria mostrar que penso em você. O tempo todo. Mas… se quiser, eu paro.”

Ele mordeu a língua. Podia dizer “sim, pare”. Mas digitou outra coisa.

Rafael:

“Não precisa parar. Mas tem regras. Nada de vídeos assim. Nada de gemidos. Nada que me faça perder a cabeça de novo.”

E então, como uma menina que adora quebrar promessas:

Lúcia:

“Tudo bem, doutor. Sem vídeos. Sem gemidos. Posso seguir as regras…”

E um minuto depois…

Foto recebida.

Ela estava sentada numa cadeira, de frente pro espelho. Usava uma camisa social dele — provavelmente só a camisa. Os botões de cima abertos. O celular na mão, como se fosse um clique casual. A calcinha aparecendo entre as pernas abertas. Um detalhe sutil… mas insano.

E na legenda:

“Regra quebrada? Não. Só tô te mostrando como eu fico quando me controlo por você.”

Ele engoliu seco. Digitou.

Rafael:

“Você é um perigo. Um veneno doce. Mas ainda acha que me domina. Eu é que tô deixando você brincar comigo.”

E ela respondeu:

Lúcia:

“Você tá deixando? Ou tá implorando pra eu não parar?”

Silêncio do lado dele.

Porque ela tinha razão. De novo.

Aquela última foto… foi o limite.

Rafael trancou o celular no fundo da gaveta, como se isso fosse resolver algo. Tomou um banho frio, deitou ao lado da esposa e fingiu que a mente estava limpa. Mas não estava. Nunca esteve.

Na manhã seguinte, ainda deitado, abriu o WhatsApp.

Lúcia tinha deixado um simples bom dia com emoji de flor.

Lúcia:

“Bom dia, doutor. Dormiu bem? Eu sonhei que você me beijava. Acordei sorrindo.”

Ele respirou fundo. E escreveu.

Rafael:

“Lúcia, isso precisa parar. Eu tô colocando tudo em risco. Minha carreira, minha reputação, minha família. Você é linda, incrível, mas… tem coisas que não podem acontecer. E nós dois sabemos disso.”

Visualizado.

Ela ficou um tempo online. Depois digitando… apagou.

Digitando de novo…

E então:

Lúcia:

“Você tá certo, doutor. Desculpa. Eu exagerei. Prometo que vou me comportar.”

Simples, direto, manso demais. E era exatamente isso que o deixava desconfiado. Aquela obediência repentina… não era ela.

Duas horas depois, ele recebeu um e-mail. Anônimo. Sem texto. Apenas um arquivo de áudio anexado.

Ele abriu, curioso. E se arrependeu na hora. Ou se encantou — era difícil dizer.

A voz dela. De novo.

Lúcia (áudio – 12 segundos):

“Tô aqui, quietinha. Só com a calcinha que você viu ontem. Sem encostar em nada. Só esperando você dizer que não aguenta mais.”

Ele fechou os olhos com força, respirando pela boca. O pau já pulsava de novo.

Pegou o celular, digitou com raiva — de si mesmo, dela, da situação.

Rafael:

“Você não tem noção do que tá fazendo.”

Lúcia:

“Ah, doutor… é isso que me excita. Saber que, por mais que tente… você já não tem mais saída.”

Ele jogou o celular no sofá, ficou em pé, andou pela sala.

Repetia pra si: “Minha carreira, minha carreira, minha carreira…”

Mas lá no fundo, uma vozinha mais baixa — bem mais baixa — dizia:

“Ela já te tem. Você só ainda não confessou.”

Quinta-feira. Sessão marcada para 16h. Rafael já estava nervoso desde a manhã. Tentava se concentrar nas anotações, rever os casos, fingir que era um profissional no controle. Mas o corpo inteiro denunciava: estava à beira de algo. Algo que ele fingia não querer.

Lúcia chegou pontualmente.

Vestido leve, sapatilhas, cabelo preso com um coque improvisado. Inofensiva. Um retrato de menina comportada. Entrou no consultório com um sorriso tímido e se sentou na poltrona de sempre.

— Boa tarde, doutor.

— Boa tarde, Lúcia. Tudo certo com você?

— Hoje… estou mais calma.

Ele percebeu. O tom dela estava baixo, contido. Sem provocação. Sem segundas intenções. Mas era exatamente isso que deixava tudo suspeito demais.

A sessão correu tranquila. Palavras técnicas, algumas confissões vazias. Nada fora do lugar.

Mas quando ela se levantou para ir embora, deixou cair um envelope pequeno da bolsa. Rafael abaixou-se para pegar, mas ela foi mais rápida.

— Ah, isso é seu? — ele perguntou.

— Não, é seu. — Ela sorriu, entregando nas mãos dele. — Um agradecimento pela paciência comigo.

Saiu antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.

Sozinho, ele olhou o envelope branco. Sem nome, sem nada.

Abriu.

Dentro, uma calcinha minúscula, vermelha, de renda.

E o pior: com o perfume dela impregnado.

Junto, um bilhete dobrado.

“Se quiser devolver… me avisa. Eu posso ir buscar sem nada por baixo.”

Rafael sentiu o estômago revirar. O pau endurecer de forma quase instantânea. Encostou-se na mesa, ofegante. Levou o tecido ao rosto. O cheiro. Meu Deus, o cheiro…

Guardou o presente na gaveta do consultório, trancou imediatamente. Mas não conseguia tirar da cabeça. Ela esteve ali. Usando aquilo. Sabendo que ia deixá-lo louco.

Pegou o celular.

Rafael:

“Você cruzou uma linha que não tem volta.”

Lúcia:

“E você trancou a prova do crime na gaveta. Por quê, doutor? Medo de sentir de novo?”

Ele não respondeu.

Estava ocupado demais… com a calcinha ainda na mão, o cheiro dela ainda no nariz, e a consciência cada vez mais distante.

Naquela noite, Rafael chegou em casa mais cedo. A cabeça fervilhava. A gaveta do consultório parecia ainda queimar mesmo fechada. A calcinha, trancada ali dentro, era como um segredo radioativo.

Mas ele teve uma ideia.

Foi até o quarto, beijou a esposa no pescoço, tentou agir casual.

— Tá com saudade de brincar comigo, não tá? — ele sussurrou no ouvido dela.

Ela riu, encabulada.

— Você anda tão distante, Rafa…

— Então deixa eu compensar.

Ele entrou no closet e voltou com o pequeno embrulho: a calcinha. Entregou com um sorriso contido.

— Veste isso pra mim. Hoje. Agora.

Ela olhou surpresa, depois sorriu.

— De onde tirou isso?

— Comprei num lugar qualquer. Lembrei de você.

Ela foi vestir. E quando saiu…

Era a visão que ele tinha em mente. Mas o corpo… não era o corpo de Lúcia.

O andar… não era o dela.

A forma como ela ajeitou a peça no quadril… não era.

Rafael tentou. Beijou a esposa, acariciou, tocou entre as pernas. A ereção veio. O tesão também. Mas tinha uma sombra por trás de cada sensação: Lúcia.

Fez sexo com a esposa. Intenso. Quente. Mas a cada estocada, os olhos fechados revelavam uma outra imagem. Os gemidos que ele ouvia… eram os do áudio. O cheiro… o mesmo.

Quando terminou, deitado na cama, virou pro lado oposto. Culpado. Confuso.

A esposa dormia satisfeita. Mas ele… não estava ali.

Pegou o celular.

Digitou. Apagou.

Digitou de novo.

Rafael:

“Você venceu. E nem precisou estar aqui.”

Lúcia:

“Eu estive. Você só não percebeu.”

Dois dias depois.

Rafael entra no consultório. O mundo inteiro parece mais silencioso. Como se estivesse num estado alterado. Como se a realidade tivesse perdido os filtros.

A sessão com Lúcia estava marcada. Ele chegou antes, fechou as persianas, acendeu uma luz mais fraca. Queria escuridão. Não no ambiente. Na moral.

Ela entrou sorrindo. Usava uma calça jeans justa, uma blusinha discreta. Cabelos soltos. Simples. Natural. Perigosa demais exatamente por isso.

— Boa tarde, doutor.

— Lúcia.

Ela se sentou. Ele também. Alguns segundos de silêncio.

E então, ele colocou o envelope na mesa. O mesmo de antes.

Ela olhou. Curiosa.

— Isso é meu?

— É sim.

Ela pegou, abriu devagar. Quando viu a calcinha ali… sorriu.

— Você guardou?

— Não. Dei pra minha esposa usar.

O sorriso dela se desfez. Mas não de raiva. De surpresa… de excitação.

— E gostou?

— Ela nem chegou perto de fazer o que você faz comigo. Mas agora… eu quero que você use. — Ele encostou na cadeira, firme. — Do jeitinho que tá. Sem lavar. Quero sentir tudo misturado. Ela… você… eu.

Lúcia ficou em silêncio por alguns segundos. Depois mordeu o lábio, pegou a calcinha com dois dedos e a levou até o rosto. Inspirou fundo.

— Tem cheiro de homem satisfeito.

— Tem cheiro de você por baixo.

Ela se levantou, caminhou lentamente até o banheiro do consultório. Não disse uma palavra.

Dois minutos depois, voltou. Segurando a calcinha jeans enrolada nas mãos.

— Tira o jaleco, doutor. Hoje a sessão é comigo .
Ela se aproximou sem pressa, deixando a calça enrolada cair discretamente no chão. Estava apenas com a blusa… e a calcinha vermelha.

Aquilo.

A mesma.

Aquela que ele entregou. Aquela que ela devolveu. Aquela que agora estava de volta ao lugar certo.

Rafael não disse nada. Só olhava. Hipnotizado.

Lúcia parou na frente dele e puxou o jaleco. Devagar. O tirou com a delicadeza de quem abre um presente caro. Passou as mãos nos ombros dele. A pele arrepiou.

— Você tentou ser forte, doutor… mas ninguém resiste a mim por tanto tempo. — Ela sussurrou no ouvido dele.

Ele segurou sua cintura com força, como se agora pudesse ter o que tanto evitou.

— Cala a boca e senta no meu colo.

Ela obedeceu sem hesitar. Se encaixou perfeitamente, roçando a calcinha molhada no volume duro dele, ainda por dentro da calça. Começou a rebolar, devagar, só provocando.

Ele fechou os olhos, respirando fundo. A respiração descompassada, como se o corpo estivesse à beira de explodir.

— Você sente isso? — ela perguntou, encostando a boca na orelha dele. — Sente como eu te quero? Como tô quente pra você?

Ele gemeu baixo. A mão escorregou pela coxa dela, por baixo da blusa. Subiu até os seios, encontrou-os nus, moles, prontos. Apertou com vontade. E foi aí que ela tirou a blusa de uma vez.

Ali, nua da cintura pra cima, com os cabelos caindo no rosto, ela parecia uma visão feita só pra ele.

— Você é uma desgraça… — ele sussurrou, mordendo o pescoço dela.

— E você… é meu. — ela respondeu, descendo a mão e abrindo o zíper da calça dele.

A calcinha foi afastada de lado com um movimento só. Ela se abaixou, tirou o pau dele com calma, olhou nos olhos e o encaixou dentro de si.

Devagar.

Profundo.

Como se selasse ali o contrato que os dois fingiram nunca escrever.

Rafael gemeu alto, apertando as coxas dela com força. Lúcia montava nele com fome e precisão, como se tivesse estudado cada reação, cada suspiro, cada limite.

Os corpos batiam. O cheiro era de pele, de sexo, de moral desfeita. Ele a beijava como um homem faminto, como se quisesse absorver cada pedaço da garota que o enlouqueceu por semanas.

Ela gemia no ouvido dele, dizendo coisas que o deixavam mais duro, mais bruto, mais longe de si.

— Você é meu, Rafael. Só meu. Me chama de sua, vai…

Ele segurou o rosto dela, olhou nos olhos — e ali, finalmente, entregou tudo.

— Minha. Só minha.

E gozou com ela gemendo o nome dele, agarrada em seu pescoço, rindo baixinho enquanto sentia a vitória escorrer por dentro de si.

Ela ainda estava no colo dele, os corpos colados, o suor escorrendo entre os peitos, o cheiro de gozo impregnando o consultório. Mas Rafael não queria que aquilo acabasse. Não ainda. Não depois de tudo.

Lúcia olhava pra ele com um sorriso safado e satisfeito.

— Já vai me tirar de cima de você, doutor?

— Nem pensar. — Ele respondeu, ainda dentro dela. — Mas quero me lembrar disso. Até quando você me enlouquecer de novo… eu quero lembrar quem começou.

Ele pegou o celular discretamente da mesa atrás de si. Desbloqueou com a digital. Abriu a câmera.

— Sério? — Ela sussurrou, empolgada. — Vai gravar?

— Quero registrar cada segundo. Você em mim. Me fodendo sem dó. Me deixando fraco.

Ela mordeu o lábio, inclinou o corpo pra trás, colocando as mãos nos joelhos dele, deixando os seios expostos, o quadril em movimento, cavalgando com firmeza.

Ele apertou o botão de gravar.

A câmera pegava tudo: o rosto dela em êxtase, a bunda quicando, a cara dele dominada, rendido.

— Fala pra mim, Lúcia. Fala o que tá fazendo.

— Tô te montando, Rafael… com tua mulher ainda molhada em mim. Com sua culpa no fundo do meu ventre. E você… querendo mais.

Ele gemeu mais alto, segurando com uma das mãos a cintura dela e com a outra o celular. Filmava como se aquilo fosse arte — a arte da sua perdição.

Ela se inclinou pra frente, pegando o celular das mãos dele, mudando o ângulo. Enquadrou o próprio rosto, depois o dele, depois os dois juntos. Ela sorria, com o pau dele sumindo dentro dela.

— Esse vídeo… é só nosso, doutor?

— Só nosso.

— Promete?

— Não. Porque eu já sou seu. O vídeo só vai me lembrar disso quando você não estiver por perto.

Ela mordeu o ombro dele e acelerou. Rápido. Intenso. A câmera tremia. A respiração dos dois era um único som.

E quando ele gozou de novo, mais forte, mais fundo, ela parou. O beijou devagar. Encostou a testa na dele. Ainda gravando.

— Isso… é o começo, Rafael.

Ela parou a gravação. Salvou o vídeo.

— Agora me manda.

— Tá louca?

— Tá com medo?

— Não. — Ele disse, pegando de volta o celular. — Tô com tesão de novo.

E foi ali, mesmo sem sair de dentro dela, que começaram a segunda rodada.

O que você achou deste conto?

Clique nas estrelas

Média da classificação 5 / 5. Número de votos: 6

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Leia outros Contos de putaria bem excitantes abaixo:

Sexo na rua, metendo guampa no marido com o ex.

PRIMA VIRGEM, MAS ADORA MAMAR EM CARALHOS DE PRIMOS E AMIGOS.

1883 views

Contos Eróticos relacionados

FUI CORRETORA DE IMÓVEIS. real

Comecei trabalhar na imobiliária do amigo do meu pai, muito nova, como estagiária, 16 , quase 17. Tinha um namoradinho que me fez segurar as chave de uma casa que estava pra alugar, era semi...

LER CONTO

Fodi com o estranho do bar

Olá, me chamo Juliana, mas pode me chamar de Juju. Tenho 24 anos, sou negra, cabelos cacheados, loiro iluminado e olhos cor mel. Tenho 1,65 de altura, 58kg, malho frequentemente. Meus seios são...

LER CONTO

Primeiro Boquete Da Irmãzinha

Primeiro Boquete Da Irmãzinha

LER CONTO
  • Enviado por: Admin
  • ADS

Na Bucetinha Da Mamãe

Na Bucetinha Da Mamãe

LER CONTO
  • Enviado por: Admin
  • ADS

Gozando na boquinha da irmã

Gozando na boquinha da irmã

LER CONTO
  • Enviado por: Admin
  • ADS

Dei gostoso para um morador de rua dentro da casa velha abandonada – Parte 3

Olá meus amores! Depois de ter passado dois meses sem ver o morador de rua aquele que dorme naquela casa abandonada, confesso cheguei a sentir saudades do pistolão enorme grosso e foram tantas...

LER CONTO

EU LAURA ( 13 ) vida fácil ? Fatos reais nomes fictícios

......... segui como GP, por um bom tempo. Não faltei nenhum dia, aproveitei ao máximo minha passagem por lá, meu objetivo era terminar meus estudos e deixar aquela vida para traz. Aqui conto...

LER CONTO

Pervertido da escada rolante

Oiie sou a Mandy Bom vou começar me apresentando acabei de completar 18 anos tenho a pele branquinha, sou flexível pois faço ginástica tenho uma bunda que é considera grande, sou magrinha,...

LER CONTO

0 - Comentário(s)

Este Conto ainda não recebeu comentários

Deixe seu comentário

2000 caracteres restantes

Responda: 1 + 2 = ?
ContosAdultos.Club - O seu site de Contos Eróticos
Se você gosta de ler contos eróticos ou contos adultos é o site perfeito para você. Aqui você vai ler contos sexuais reais, e o melhor de tudo é que o site é atualizado diariamente.
© 2025 - Contos adultos